Este artigo faz um mapeamento da pesquisa empírica sobre Democracia Digital no Brasil, buscando identificar características, padrões e tendências deste campo interdisciplinar. O estudo analisou 267 artigos científicos publicados entre 2002 e 2018, rastreados por meio de quatro indexadores (Scielo, DOAJ, SPELL e Google Acadêmico). Foi aplicado um conjunto de indicadores bibliométricos, fazendo também uso de um método quanti-qualitativo a partir de técnicas de análise de conteúdo. Dentre as principais conclusões, demonstrou-se que existe predominância do gênero masculino entre os primeiros autores dos artigos, embora haja variações a depender da área de atuação do(a) pesquisador(a). Não obstante a evolução do campo e o caráter digital dos objetos, há um baixo uso de softwares e instrumentos de extração automatizada de dados. Participação política, transparência e deliberação são os três temas mais abordados. Websites e mídias sociais são os objetos tecnológicos mais estudados. Em termos metodológicos, a análise de conteúdo prepondera de maneira significativa nos artigos, denotando que também há um déficit tanto em relação à variação de técnicas utilizadas quanto em relação à sofisticação metodológica, notadamente no que se refere à análise de dados.