Este estudo tem como objetivo identificar discursos referentes à despatologização da homossexualidade e da transexualidade presentes na produção acadêmica e nos posicionamentos técnico-científicos. Trata-se de uma revisão integrativa nas bases de dados online: SciELO, Scopus, PePSIC e Google Acadêmico, perfazendo 30 artigos levantados entre agosto de 2017 até fevereiro de 2018, considerando o período de 2000 a 2017, independente do idioma, com os descritores: patologia, transexualidade e homossexualidade. Apesar da homossexualidade não ser considerada um transtorno mental pela Associação Americana de Psiquiatria e pela Organização Mundial da Saúde, fora da comunidade científica ela é tratada como tal, gerando a homofobia. Já a transexualidade ainda é caracterizada como um transtorno mental pelas mesmas instituições. Assim, enfatiza-se como a cultura pode transpassar os sujeitos e incutir concepções de normalidade, as quais infringem as fronteiras da livre-expressão e da subjetividade.