Atualmente, as principais indicações de transplante pulmonar em todo mundo são doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), fibrose pulmonar, fibrose cística, deficiência de alfa-1-antitripsina (alfa-1), hipertensão arterial pulmonar idiopática, bronquiectasias, retransplante, sarcoidose e lesão pulmonar grave causada pela COVID-19, sendo que esses candidatos devem demonstrar conhecimento em relação ao procedimento, boa aderência ao tratamento médico realizado, estrutura psicossocial e suporte familiar adequados. Ademais, a adequada avaliação das contraindicações contribui para menor ocorrência de desfechos clínicos desfavoráveis não relacionados ao enxerto, beneficiando os pacientes com maior chance de sucesso e, assim, melhorando a sobrevida geral com o tratamento. Dentre as contraindicações absolutas, destacam-se câncer de pulmão, disfunção cardíaca não relacionada à doença pulmonar, disfunção orgânica significativa de qualquer outro órgão nobre, infecções pelo vírus B e C da hepatite, tuberculose pulmonar ativa e deformidade grave da caixa torácica. Ademais, dentre as contraindicações relativas, tem-se a idade maior que 65 anos, instabilidade clínica grave, infecção pelo vírus HIV, obesidade, osteoporose severa e doenças sistêmicas descompensadas.