O diabetes mellitus nas disfunções pélvicas femininas

Abstract

Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença metabólica que causa deficiência relativa ou absoluta de insulina atualmente associada a alterações do assoalho pélvico (AP) feminino. Objetivo: Este estudo teve como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre as disfunções do AP de mulheres com DM, investigando o que estas disfunções acarretam no assoalho pélvico feminino. Material e métodos: Foi realizada uma revisão da literatura nacional e internacional, selecionando artigos científicos indexados nas bases de dados Scielo, Pubmed, Medline e Lilacs, de junho a outubro de 2012. Resultados: Foram encontrados 21 artigos que contemplavam o assunto. Conclusão: O DM causa incontinência urinária e disfunção sexual pelos danos aos músculos do AP, pela diminuição da vascularização local e hipotrofia pela mudança dos componentes teciduais do AP. A fisioterapia trata as alterações urológicas das mulheres diabéticas através de recursos que estimulam os músculos perineais melhorando a força e sensibilidade dessa região, porém há poucos estudos relacionando sua atuação no DM.Palavras-chave: diabetes mellitus, diafragma da pelve, incontinência urinária, saúde sexual e reprodutiva, fisioterapia.

Identificação Das Disfunções Miccionais Apresentada Por Pessoas Com Diabetes Mellitus

“…O estudo de Ebbesen et al 15 destacou as principais complicações que decorrem do DM, entretanto a IU em mulheres é considerada uma das mais incidentes e graves, podem acometer até 52% dos pacientes diabéticos, além da IU, disfunções pélvicas entre as mulheres associada a disfunção sexual, diminuição da vascularização local e hipotrofia também tem ganhado destaque. Casarin et al 4 em sua pesquisa enfatizaram que, a elevada incidência dos distúrbios miccionais como sendo as mais frequentes em mulheres, desse modo reforçando a atenção que os profissionais de saúde devem ter com o DM já considerado um agravo de saúde pública. Dentre as regiões mais afetadas, a pelve e suas estruturas, além do estado físico, o social, o psicológico e o econômico diminuem a autoestima e isolamento social, este estudo demonstrou a importância da fisioterapia.…”

“…A pesquisa de Ferreira et al 2 alertou que a de compensação do DM pode acarretar diversos transtornos aos pacientes, sendo assim, a equipe de enfermagem, pacientes e familiares devem ser orientados pelos pacientes para um controle maior da glicemia de modo a prevenir tais complicações, principalmente as disfunções miccionais. A IU foi amplamente debatida nesse estudo como sendo uma das complicações mais comuns do DM, Casarin et al 4 alertaram especificamente sobre os distúrbios miccionais e as principais disfunções do assoalho pélvico em mulheres as quais tiveram grande impacto na qualidade de vida em decorrência das graves alterações urológicas. Para Salomé et al 10 , a IU tem impacto significativo na vida das pessoas, principalmente nos idosos, pois, nem sempre, é possível identificar a ocorrência da perda involuntária de urina bem como a queixa, percepção devido a vergonha do paciente acometido.…”

“…É tido como um dos agravos de saúde mais comuns e agressivos da atualidade, o preocupante dessa alta prevalência são as complicações da doença que tem acarretado diversos problemas de incapacitação e morbi-mortalidade. 3 De acordo com Casarin et al 4 , a prevalência de pessoas acometidas por DM no mundo é de 171 milhões, esse número de acometidos pode chegar a 366 milhões de pessoas até 2030. No ano de 1995, o DM afetava 4% da população adulta, para o ano de 2025 esse percentual pode chegar a 5,4%.…”

Disfunções do trato urinário inferior em pacientes com diabetes mellitus tipo 2/Lower urinary tract symptoms in patients with type 2 diabetes mellitus

“…Revisão publicada em 2015, que inclui 21 publicações, aponta de forma significativa para maiores prevalências de Incontinência Urinária na população com DM em comparação com pessoas sem DM (8) . Apesar de nesta amostra não terem sido encontradas associações entre as DTUI e as outras complicações do DM, outros estudos encontraram associação entre neuropatia autonômica cardiovascular e incontinência urinária em mulheres com DM tipo 1 (17) .…”

“…Pesquisadores tem evidenciado que o DM é um fator de risco para as DTUI por consequência das alterações micro e macrovasculares decorrentes do mal controle glicêmico, no entanto, a abordagem de prevenção e tratamento dessas disfunções não é contemplada nos programas de saúde a pessoa com DM (6)(7)(8) . É de responsabilidade dos profissionais que atuam junto a essa clientela, aplicar medidas de prevenção, bem como gerenciamento de sintomas já apresentados.…”