O presente artigo intenciona, a partir do estudo de caso do programa televisivo Hotéis incríveis, aprimorar reflexões sobre as narrativas da felicidade nas práticas de venda de experiências, motivadas pelo capitalismo afetivo. Com o suporte dos estudos teóricos de Consumo, Cultura Material e Indústria da Felicidade, a pesquisa acredita que os desdobramentos da aliança entre essa Indústria e o modelo capitalista atual operam tanto no campo do subjetivo quanto do objetivo, e tem como principal atrativo a comercialização de emoções a partir das marcações próprias do individualismo e da efemeridade da mercantilização dos afetos. Com base na análise de dois episódios do programa Hotéis incríveis, o estudo percebeu que as intenções, as demandas e os debates relativos à Indústria da Felicidade apoiam-se nos agenciamentos da Cultura Material, já que, sendo o sentimento intangível, se materializa em serviços, objetos, bens.