“…They stay with their expository classes, teaching classical physics in the traditional way, demonstrating the need for urgent changes. (PUGLIESE, 2016).Em trabalhos anteriores (PUGLIESE, 2011;PUGLIESE, ZANETIC, 2015) foi percebido que havia um espaço não ocupado entre a docência na educação básica, a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico, ou seja, a partir da análise de resultados de investigação, percebeuse que o professor da educação básica parece não dialogar, não comunicar, com o pesquisador ou o desenvolvedor tecnológico.Há, portanto, uma aparente contradição: se o pesquisador em Educação ou Ensino de Física desenvolve, entre outras coisas, metodologias, materiais, procedimentos, interpretações e modelos para a melhoria do processo educativo em nível básico, por que os professores não modificam suas práticas e permanecem com aulas conservadoras, tradicionais e/ou espetaculares?Além disso, se a tecnologia industrial tem se mostrado tão integrada com a Física do século XX e está tão presente no cotidiano dos jovens estudantes e dos professores do ensino médio, por que a Física ensinada nas escolas parece tão isolada e distante do mundo real?Esta presente pesquisa buscou, então, a compreensão de onde estão os nós que inviabilizam o diálogo entre escola e universidade, entre docência e pesquisa, segundo a hipótese de que a estrutura de trabalho dos professores de nível médio e dos pesquisadores em Ensino de Física não permite que haja diálogo entre eles (no sentido crítico, de idas e vindas, na práxis) e, portanto, parte significativa da Pesquisa em Ensino de Física (PEF) não tem alcance social, senão para obtenção de títulos e incrementos salariais, como uma "fuga para o alto", e parte significativa do ensino básico não tem inovação, ou seja, perpetua a reprodução alienada de conceitos.É fácil encontrar, voltados à inovação no ensino da Física, trabalhos de pesquisa que sugerem atividades com modelos experimentais, laboratórios bem equipados ou com equipamentos de baixo custo, a utilização de novas tecnologias, tecnologias da informação e comunicação (TICs) e novas mídias, a utilização de conceitos/experimentos de Física moderna e relatividade na sala de aula de nível básico, a utilização da história e da filosofia da ciência, e algumas mais isoladas, como a sugestão da construção de mapas conceituais e diagramas pelos alunos, ou mesmo trabalhos fazendo a ponte entre arte e ciência (PUGLIESE, 2011;SALEM, 2012).No entanto, faz-se necessário compreender as relações de trabalho que parecem não permitir que estas centenas de propostas se estabeleçam em sala de aula. O ensino de Física, em geral, continua tradicional.…”