O objetivo central desta investigação foi estudar as características da formação de engenheiros civis-professores de matemática, pela Escola de Engenharia de Pernambuco, entre finais do século XIX e inícios do século XX. Pautados em autores da História Cultural, especialmente em Carlo Ginzburg, buscamos rastros, no sentido atribuído por este autor, que nos ajudaram a construir -o fio do relato‖ e a nos orientar -no labirinto da realidade‖ (GINZBURG, 2007, p. 7). Para compor o fio das narrativas, utilizamos rastros deixados em diversos tipos de documentos, como livros, entrevistas, artigos, textos oficiais e escolares, encontrados em diferentes lugares de memória. Os rastros encontrados nos levaram à produção de três textos independentes, que não têm como fio condutor a cronologia. No primeiro deles, adentramos no universo da engenharia no Brasil, buscando identificar tipos diferentes de formação de engenheiros. No segundo texto, composto de duas partes, apresentamos duas narrativas históricas, uma centrada em memórias institucionais e outra em memórias de alguns personagens que fizeram parte do cotidiano da Escola de Engenharia de Pernambuco. O terceiro texto centra sua atenção nas discussões teórico-filosóficas que ocorriam nas primeiras décadas do século XX, particularmente, na visão de Luiz de Barros Freire, que foi aluno, professor e diretor da EEP.