Introdução: O ensino baseado em simulação emergiu como importante ferramenta na educação médica, embora com custos elevados para a maioria dos modelos de ensino disponíveis. Desse modo, tem crescido a busca pelo desenvolvimento de novos simuladores para o treinamento de habilidades cirúrgicas, especialmente após a tendência de redução do uso de animais como modelos de ensino. Objetivo: Desenvolver e avaliar um método substitutivo para o treinamento de sutura no Laboratório de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental (TOCE) do curso de Medicina da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Método: O simulador foi confeccionado à base de material composto por mistura de silicone e amido de milho para representar a pele humana. Foram avaliadas 10 características essenciais aos simuladores cirúrgicos descritas na literatura: versatilidade, potencial de rompimento, durabilidade, fidelidade, elasticidade, reprodutibilidade, disponibilidade, facilidade de armazenamento, portabilidade e baixo custo. Tais aspectos foram analisados através da aplicação de técnicas de sutura pelos autores, escolhidas com base no plano de ensino da disciplina de TOCE do curso de Medicina da UFSC e em dados da literatura sobre ensino de habilidades cirúrgicas na graduação médica. Resultados: As características consideradas adequadas foram: versatilidade, potencial de rompimento, durabilidade, elasticidade, reprodutibilidade, disponibilidade, facilidade de armazenamento, portabilidade e baixo custo. A fidelidade foi a única característica considerada inadequada. Conclusões: Com base nos aspectos contemplados pelo simulador, conclui-se que o modelo é viável para o objetivo proposto e financeiramente acessível, apresentando qualidades que corroboram o seu uso no cotidiano de ensino de técnicas de sutura para estudantes de medicina.