O estudante de Medicina e o médico recém-formado frente à morte e ao morrer

Abstract

A compreensão do papel da morte como uma condição intrínseca e inegável da vida sempre foi de grande relevância para o mundo ocidental, levando a diferentes atitudes, especialmente entre aqueles que precisam encarar a morte como parte de sua rotina profissional. Isto é particularmente aplicável aos médicos, que, muitas vezes, se acham diante da responsabilidade de tomar decisões sobre as condições de saúde e a vida de seus pacientes. Os objetivos deste estudo foram verificar o comportamento do estudante de Medicina e do médico recém-formado diante da morte e do morrer, identificar as condições e deficiências da relação médico-paciente-morrer-morte, comparar tais posturas entre os estudantes de Medicina e os médicos recém-formados, e propor atividades que possibilitem a sensibilização quanto aos processos internos com base em teoria, prática e desenvolvimento pessoal. Isso foi feito por meio da aplicação de questionários aos 100 alunos do terceiro ano e aos 120 residentes do CCMB-PUC-SP.

Conflitos bioéticos: atendimento fisioterapêutico domiciliar a pacientes em condição de terminalidade

“…16,22,26 Physiotherapists, like other health professionals, are prepared to act with beneficence, preserving the life of their patients and reinserting them in society, as has been occurring since the teaching of history and fundamentals of physiotherapy in undergraduate courses. However, students are not involved in discussions regarding death and the loss of patients; usually they are not encouraged to talk about their feelings during and after care practices, or about the feelings of their patients and family members, which may lead to conflicts in decision making in treatments involving bioethical issues 22,32,33 . It is necessary for professionals to consider the limit of biotechnology for the maintenance of life, and that they are also prepared to accept that there are limits to therapeutic intervention, recognizing the fine line between benefits and damages, not only linked to the physical body, but also to the psychosocial dimension.…”

Percepções da morte e do morrer para residentes de medicina em um hospital terciário / Perceptions of death and dying for medical residents of a tertiary hospital

“…O saber-se mortal é um dos pilares da experiência que o homem tem de si mesmo, permeado pela consciência objetiva de sua mortalidade e por uma subjetividade que almeja a imortalidade. 1 A abordagem histórica da morte aponta uma significativa mudança em relação às atitudes perante o tema nas sociedades ocidentais a partir do século XX. O conteú-do é banido do discurso cotidiano, afastado, ocultado e temido.…”

“…O cuidar de uma pessoa que agoniza induz o profissional a se conscientizar da singularidade de cada indivíduo, levando a uma tomada de consciência da sua própria finitude e limitação da vida. 1,7,8 A necessidade de comunicar um óbito aos familiares do paciente provavelmente estará presente em algum momento da atuação profissional da maioria dos médicos. O ato de transmitir a má noticia gera dificuldades de lidar com as emoções e reações referidas pelos familiares, e também com as próprias emoções e receios.…”

Representação social de morte e a formação médica: a importância da UTI

“…Os sentidos atribuídos à mesma podem sofrer variações, segundo o momento histórico e contextos socioculturais 3,2,1,4 . Contemporaneamente, no âmbito da formação médica, o estudo dos sentidos dado à morte humana tem sido estimulado por vários autores [5][6][7][8][9][10] . Tais estudos buscaram compreender posicionamentos e sentimentos de estudantes e de médicos docentes, de faculdades de Medicina, de universidades públicas e privadas diante da morte.…”