O farmacêutico no processo de gestão de órteses, próteses e materiais especiais em nível hospitalar

Abstract

Objetivo: Obter evidências sobre a atuação do profissional farmacêutico no processo de gerenciamento de órteses, próteses e materiais especiais em âmbito hospitalar. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de artigos publicados no período de 2012 a 2022, cujos descritores utilizados nas bases de dados Google Scholar, Medline, Pubmed e Scielo, foram: Órteses, Próteses e Materiais Especiais; Gestão Hospitalar; Farmácia Hospitalar; Análise e Desempenho de Tarefas; Garantia da Qualidade; Indicadores de Gestão. Resultados: Foram recuperados 48 artigos, dentre os quais, 34 foram excluídos e 14 selecionados. Resultados: Os artigos incluídos evidenciam os fatores que dificultam a gestão de OPME’s, abordando principalmente o controle, os custos e a necessidade de profissionais especializados para o gerenciamento desses materiais, em especial ao farmacêutico, com suas atribuições, sendo o profissional capacitado para alcançar esses objetivos nas redes de saúde. Considerações finais: Os estudos evidenciam benefícios da atuação do profissional farmacêutico na administração de Órteses, Próteses e Materiais Especiais e da sua importância na promoção do uso com qualidade desses materiais.

Processo de gestão e gerenciamento de órteses, próteses e materiais especiais pelo serviço de farmácia da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, Belém, Pará

“…No serviço de atenção à saúde, as ferramentas de gestão são essenciais para auxílio nos processos organizacionais, pois facilitam análises e conseguem manter o fluxo de trabalho de forma mais rápida e eficiente, fazendo com que, o resultado do serviço seja mais sólido e robusto (Palheta et al, 2023). Tem-se, como exemplo, a Matriz SWOTem português, matriz FOFAque é um método de planejamento estratégico que engloba a análise de cenários para tomada de decisões, observando 4 fatores, sendo eles, em inglês: Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats.…”

“…A gestão de OPME envolve várias etapas no nível hospitalar, desde a solicitação de material e agendamento do procedimento, até a contabilização das informações; passando pela logística, pelo consumo, pelo faturamento, envolvendo pessoas, processos, sistema de informação e fornecedores; ou seja, uma gestão complexa e desafiadora (Moraes et al, 2018). A Portaria MS nº 1.302 de 01 de agosto de 2017, redefine os critérios para aquisição, recebimento, utilização, monitoramento, controle e gerenciamento de OPME pelos hospitais, devendo esses procedimentos observar as diretrizes do Manual de Boas Práticas de Gestão de OPME (Palheta et al, 2023).…”

“…Sem levar em consideração marca ou tipo, os valores de todos os procedimentos no SUS são fixos, assim como as descrições das órteses e próteses são genéricas (Agência Nacional de Saúde Suplementar, 2016;Palheta et al, 2023).…”

“…Reconhece-se, também, que há problemas no processo de gestão de OPME, a exemplo de conflitos de interesses; a existência de assimetrias de informações relacionadas às OPME de ordem econômica e técnica; a falta de padronização dificulta a busca e a escolha adequada do produto pela instituição, e a consequente comparação de preços durante a sua aquisição; as fragilidades relevantes da gestão na saúde, principalmente no setor público, onde ainda há o despreparo dos profissionais para o exercício da administração e a falta de informações de qualidade e em quantidade suficiente, sendo o principalmente motivo da falta de controle nos estoques hospitalares; a impermeabilidade das instituições hospitalares às mudanças, principalmente de cunho gerencial e, por fim, barreiras de legislação no setor público que restringem a agilidade necessária, por causa da alta rotatividade dos gestores das esferas federativas, o que resulta descontinuidade, permanentes recomeços e desmotivação dos profissionais e trabalhadores (Ferreira, & Soler, 2020;Palheta et al, 2023).…”

“…Uma Research, Society and Development, v. 13, n. 2, e14313245193, 2024 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v13i2.45193 4 das etapas desse processo avaliativo é a verificação de registro válido na ANVISA. Este ato é importante no gerenciamento de risco, pois quando o processo licitatório for finalizado e a aquisição concluída, haverá uma maior segurança para o profissional de saúde e ao utente (Ferreira, & Soler, 2020;Palheta et al, 2023).…”