Analisamos o início do terceiro governo Lula quanto à “questão” das drogas. Recorremos a fontes e dados estatais e de importantes atores, movimentos e à literatura acadêmica. Há muitas contradições atentando contra a Reforma Psiquiátrica e o Sistema Único de Saúde. Há um avanço privatista, manicomial e conservador, tendo as Comunidades Terapêuticas (CTs) como carro-chefe, não só expressando a conjuntura e a correlação de forças, mas as reforçando. Em nome da conciliação (do que não é conciliável), chancela-se a hegemonia manicomial, repressiva e criminalizadora das políticas sobre drogas, só que em volume, velocidade e intensidade únicos. Sinalizamos os principais retrocessos implementados, os quais devem ser revogados para políticas mais humanizadas, assegurando e fortalecendo direitos, a partir da Reforma Psiquiátrica e da Redução de Danos. Nisso, é mister o fim do financiamento público das CTs e o fim delas e de outros manicômios.