Justificativa e Objetivos: A oferta de nutrientes no momento certo, pode minimizar os efeitos do catabolismo exacerbado, melhorando a evolução clínica do paciente. Por isso, o objetivo deste estudo foi avaliar e relacionar o estado nutricional, nutrição precoce e hiperglicemia com o desfecho clínico de pacientes críticos internados em uma unidade de terapia intensiva. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte prospectivo, com pacientes críticos de um hospital do interior do estado do Rio Grande do Sul, de ambos os sexos, com idade superior a 20 anos. Foram coletadas informações como, doença (s) de base, diagnóstico principal, idade, sexo, data de internação, tipo e tempo de terapia nutricional instituída, via de administração da dieta, avaliação da glicemia, aplicação de insulina, complicações clínicas, dias de internação e o desfecho clínico. A glicemia e a via de dieta foram acompanhadas durante 72 horas de internação. Resultado: Participaram do estudo 66 pacientes, com média de 64,08±16,11 anos, 59,1% eram do sexo masculino, houve predomínio de sobrepeso (59,1%) e 48,5% internaram por algum evento cardiovascular. Nas 24 horas de internação 15,2% dos indivíduos eram hiperglicêmicos, seguido de 21,2% nas 48 horas e 19,7% nas 72 horas. Verificamos associação entre o desfecho clínico dos pacientes e a nutrição precoce em até 48 horas (p=0,004), assim como, infecção (p=0,036) e os tipos de vias alimentares utilizadas nas primeiras 48 horas (p=0,002) e em até 72 horas (p=0,001). Conclusão: A terapia nutricional precoce influencia diretamente no desfecho clínico de pacientes críticos, apresentando-se como um risco à vida. Descritores: Hiperglicemia. Estado nutricional. Suporte nutricional. Unidades de terapia intensiva.