“…com múltiplos matizes, procurou reduzir o outro colonizado a um ser inferior que habita uma zona de não -ser (Fanon, 1952: 26), um ser com potencial para ser humano, se convertido e domesticado, pela educação e pelo trabalho, virtudes civilizadoras eurocêntricas. O efeito da brutalidade do encontro colonial, codificado em leis e registado em análises produzidas nas metrópoles coloniais europeias, perdura para lá do final dos impérios coloniais (Meneses, 2010(Meneses, , 2012. A colonização, enquanto sistema de negação da dignidade humana, simboliza um imenso espaço -tempo de sofrimento, opressão, resistência e luta, aquilo que hoje é designado de Sul global.…”