O livro do povo na expansão do ensino primário no Maranhão (1861 - 1881)

A cultura material escolar nas instituições públicas de ensino primário do Maranhão (1843-1870)

“…Forão distribuídos pelas escolas publicas primarias da província, 1441 alphabetos 1473 taboadas, 90 exemplares do Almanach de Lembranças Brazileiras pelo Dr. Cesar Augusto Marques, 39 ditos do Curso Pratico de Pedagogia por Daligaul, para este fim comprados pela provincia; e bem assim 1:000 exemplares do Livro do Povo offerecidos pelo digno inspector da instrucção publica, e 160 compendios em brochura da "gramatica" de Condurú, dos 200 tambem oferecidos pelo seu auctor para uso das escolas. Alem d'esses louvaveis donativos, tiveram lugar os seguintes: ainda do Dr. 11 Se, para Costa (2013), a distribuição gratuita dos exemplares do Livro do povo pelas escolas maranhenses coincidira com o período em que Antônio Marques Rodrigues fora inspetor da instrução pública; para Castellanos (2017), o acesso aos(às) professores(as) e aos delegados literários da capital e do interior facilitou a aceitação e o uso de sua obra, circunstâncias que podem justificar, em certa medida, a tiragem volumosa na época de sua primeira edição (1861), na contramão de responsabilizar dito sucesso, à excepcionalidade de filantropo do autor, como afirmam Frias (2001) e Hallewell (2005). inspector da instrucção publica de 1:000$000 rs.…”

O cultivo das letras: percorrendo os caminhos da imprensa literária maranhense (1820-1900)

“…Depois dessa, de acordo com Costa (2013), existiram 19 tipografias no Maranhão entre 1848 a 1882. Essa intensa atividade tipográfica nascente "ocasionou a expansão da imprensa e gerou proliferação de novos espaços de sociabilidade" (GOMES, 2009, p. 11), o que contribuiu com a aceitação e o aumento de uma imprensa literária ao longo do século.…”

O Poder Pastoral No Segundo Reinado

“…Esse discurso pretende fabricar o povo ordeiro e obediente, e o faz interpelando, por meio da educação, os corpos de leitores escassos, em razão da exclusão brutal de grandes contingentes étnicos, linguísticos e culturais deste "projeto educativo" que pretende formar o povo do futuro. O discurso da civilidade se materializa, portanto, nas páginas de compêndios escolares que, no século XIX, foram impressos no Brasil com o concurso de editores estrangeiros interessados em fazer negócio com esse tipo de literatura das boas maneiras (BITTENCOURT, 2004;COSTA, 2013).…”