O Papel Da Dinâmica Do Relevo Na Evolução De Couraças No Vale Do Rio Conceição, Quadrilátero Ferrífero – Mg

Abstract

Estudos petrológicos utilizando análises macromorfológicas, micromorfológicas, mineralógicas e microquímicas foram realizados para identificar possíveis variações faciológicas de couraças nos distintos níveis deposicionais fluviais do vale da bacia do Rio Conceição, Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, e compreender sua relação com o relevo. Sua posição na paisagem sugere que estas sejam as couraças mais jovens do Quadrilátero Ferrífero e que sua formação testemunhe a dinâmica de formação e transformação dos mantos de alteração nesse importante domínio geológico-geomorfológico do Brasil. Pesquisas anteriores revelaram a existência de níveis cimentados intercalados com sedimentos finos e os denominaram de couraças conglomeráticas. Os resultados aqui encontrados reiteram essa denominação e esclarecem que a variação composicional do cimento permite o reconhecimento de três distintas fácies: F1 – couraças aluminosas; F2 – couraças ferro-aluminosas e F3 – couraças ferruginosas. Todos os tipos ocorrem no nível deposicional fluvial mais alto, com destaque para F1 e F2, ao passo que nos demais níveis apenas o tipo F3 foi identificado. As organizações microestruturais sugerem relações genéticas entre as fácies. Antigos níveis de couraça ferro-aluminosa teriam sofrido desferruginização, remobilizando o ferro e concentrando alumínio, formando as couraças do tipo F1. Como essas se localizam no nível mais alto, a variedade de fácies pode ser utilizada como um importante indicador de evolução do relevo, caracterizando uma cronossequência.

Ferricretes in fluvial archives of a tropical iron province: Records of the Late Quaternary landscape dynamics in the Brazilian Atlantic Plateau

“…Thus, from the analysis of other samples of the same aluminous conglomeratic type investigated in this study, Figueiredo Filho et al (2019) considered that the micromorphological organisations observed and the relationship between them suggest a stronger origin related to the degradation processes of pre‐existing ferruginous ferricretes. Gibbsite is present in two ways in the ferricretes analysed by these authors: (i) complete formation of the cement that separates the clasts (facies F1) and (ii) discontinuous and always at the edge of the septa and microlaminated zones, whose microchemical analysis revealed an iron‐aluminous composition (F2 facies).…”

“…Studies developed to date on this type of duricrust have focused on their regional topographic distribution and have revealed Pleistocene to Holocene ages (~139–83, ~47 and ~26 ka) for sediments associated with the duricrusts (Barros & Magalhães, 2019, 2020). The only petrogenetic study developed to elucidate the genesis of duricrusts in fluvial archives was restricted to the Conceição River valley (Figueiredo Filho et al, 2019). In turn, this study aimed to analyse duricrusts in the Late Pleistocene fluvial archives of the entire QF, searching for their genesis and implications for regional landscape evolution.…”