Para que as praças públicas atuem como espaços urbanos de permanência é desejável que apresentem qualidade física e ambiental. A crescente especialização do espaço dentro da cidade, o deslocamento das formas de entretenimento para recintos fechados, o crescimento do uso de veículos e as condições da vida urbana atual mostram alterações nas formas de apropriação das praças públicas. Para compreender o funcionamento das praças centrais é necessário estudar a relação entre usos, funções e aspectos físico-ambientais destas com o entorno imediato e seu papel na cidade. Para entender o fenômeno de apropriação das praças públicas centrais realizamos duas etapas distintas: a revisão de literatura e a pesquisa de campo. Na revisão de literatura, discutimos os seguintes temas: centros urbanos, espaços livres e praças públicas centrais. A pesquisa de campo foi realizada em seis praças localizadas nas cidades catarinenses de Tubarão, Braço do Norte e Laguna. A metodologia adotada foi o Estudo de Caso, no qual se utilizaram os seguintes procedimentos: análise documental, observação do desempenho físico-ambiental da praça e do comportamento do usuário, através das técnicas de entrevista e jogo. A aplicação destes métodos auxiliou no entendimento do fenômeno de apropriação das praças públicas centrais, pois, além de demonstrar a situação atual que as praças se encontram, permitiu identificar a opinião de quem se apropria ou não desses espaços. Assim, a partir da sistematização dos dados obtidos são apresentados parâmetros comuns com base nas análises das situações encontradas que visam uma qualificação das praças e uma maior apropriação por parte dos habitantes de cada cidade onde elas se encontram.