O papel da poliuretana de mamona como substituto do enxerto ósseo autógeno em coelhos

Abstract

OBJETIVO: Verificar em animal de experimentação (coelho) a integração da poliuretana de mamona, aplicada na forma de biomassa moldável, como alternativa biológica para substituir o enxerto ósseo autógeno. MÉTODO: Foram utilizados vinte coelhos da raça Nova Zelândia submetidos a um defeito padrão condilar femoral, com dimensões de 6x10mm, e implantação de enxerto ósseo autógeno em um dos lados e poliuretana de mamona no outro, de forma aleatória. Os animais foram observados por período de 45 e 90 dias. Aos resultados da avaliação dos aspectos macro e microscópicos aplicaram-se testes estatísticos de McNemar, Fisher, "t" de Student e quiquadrado (p< 0,05). RESULTADOS: Na análise macroscópica, a presença de fratura femoral não foi significante em nenhum dos grupos. Em 100% dos enxertos ósseos autógenos houve a presença de cicatrização cortical (p = 0,0010), tanto aos 45 quanto aos 90 dias, enquanto nos fêmures que receberam poliuretana esta cicatrização estava ausente aos 45 dias. Em relação à presença do tecido ósseo maduro na zona de transição entre o implante e o osso receptor, a observação microscópica mostrou que ele estava completamente ausente, aos 45 dias. Aos noventa dias ele estava presente em todos os animais que receberam enxerto ósseo autógeno (p = 0,0010) e em nenhum dos que receberam poliuretana de mamona, que mostravam a presença apenas de tecido ósseo imaturo. CONCLUSÕES: Concluiu-se que a poliuretana de mamona integra-se ao osso receptor mais lentamente que o enxerto ósseo autógeno. No entanto a proposta do uso de uma massa moldável, para preencher a falha óssea, mostrou-se factível e promissora na pesquisa do polímero de mamona como substituto ósseo biológico.

Biocompatibility and osteogenesis of the castor bean polymer doped with silica (SiO2) or barium titanate (BaTiO3) nanoparticles

“…Many studies 5,7,10 point out the advantages of using castor oil polymer as a framework for bone growth, however, castor oil polymer integrates itself to the receiving bone in a slower and more incomplete manner when compared to autogenous bone graft 15 , especially for not displaying specific biological traits.…”

Avaliação estrutural do osso terceiro metacarpiano equino frente à implantação de biopolímero à base de mamona

“…Eles são formados pela combinação de duas unidades químicas diferentes (poliol e diisocianato) que se alternam na cadeia (JACQUES et al, 2004).…”

“…A poliuretana derivada do óleo de mamona (Ricinus communis) possui fórmula molecular que tem demonstrado compatibilidade com os tecidos vivos, apresentando aspectos favoráveis de processabilidade, flexibilidade de formulação, baixa temperatura de polimerização, excelentes propriedades estruturais, ausência de emissão de vapores tóxicos, bom poder de adesão e baixo custo (JACQUES et al, 2004 O polímero é obtido a partir da reação química entre um pré-polímero e um poliol do tipo poliéster. O óleo de mamona é um poliéster formado por três moléculas de ácido ricinoléico, sendo que cada uma possui um grupo hidroxila no carbono 12, propício para a polimerização por meio de ligações uretanas.…”

“…A polimerização do composto, dentro ou fora do sítio de implante pode gerar diferenças importantes na sua futura incorporação (JACQUES et al, 2004).…”

Interação biológica de membranas poliméricas bioativas em falhas ósseas induzidas em tíbias de coelhos

“…Entretanto Celeste et al (2010) observaram reação inflamatória moderada a intensa quando o biomaterial foi implantado no tecido subcutâneo de rato. Jacques et al (2004) compararam enxerto esponjoso autólogo e polímero de mamona em defeitos nos côndilos femorais de coelhos. O experimento mostrou que a poliuretana de mamona integra-se ao osso receptor mais lentamente que o enxerto ósseo autógeno.…”