O papel da ressonância magnética no diagnóstico da síndrome compartimental crônica do exercício

Abstract

ResumoA síndrome compartimental crônica é uma condição comum e frequentemente subdiagnosticada, induzida pelo exercício, que corresponde em média a um quarto dos casos de dor crônica na perna relacionada ao exercício, e que perde em frequência apenas para o espectro fratura/reação ao estresse tibial. Tradicionalmente ocorre em jovens atletas corredores, embora estudos mais recentes tenham demonstrado uma prevalência considerável em praticantes de atividade física de baixo rendimento, mesmo em pacientes de meia-idade ou idosos. A lista de diagnósticos diferenciais é extensa, e por vezes é difícil fazer a distinção apenas pelos dados clínicos, sendo necessários exames subsidiários.Classicamente, o diagnóstico é feito pelo quadro clínico, pela exclusão dos diferenciais, e pela medida pressórica intracompartimental. Embora a manometria por agulha seja considerada o padrão-ouro no diagnóstico, seu uso não é universalmente aceito, visto que existem algumas limitações importantes, além da disponibilidade restrita do equipamento com agulha no Brasil. Recentemente, novos protocolos de manometria têm sido propostos a fim suplantar a deficiência dos tradicionais, com algum deles inclusive recomendando o uso sistemático da ressonância magnética (RM) na exclusão dos diagnósticos diferenciais. O uso de sequências de RM sensíveis a líquido pós-esforço é uma ótima opção não invasiva à manometria por agulha no diagnóstico da síndrome compartimental crônica, uma vez que o aumento da intensidade de sinal pós-exercício é estatisticamente relevante quando comparados os valores pressóricos de manometria em pacientes com a síndrome e assintomáticos; portanto, o exame pode ser usado no critério diagnóstico. O tratamento definitivo é a fasciotomia, embora existam alternativas menos eficazes.

Systematic Review of Innovative Diagnostic Tests for Chronic Exertional Compartment Syndrome

“…This is the first study that provides an extensive literature overview on alternative diagnostic tests in CECS. Today’s focus in literature is on the reliability and accuracy of ICPM 5 7 , although several critical discussions regarding alternative tests are available 7 45 Although clear recommendations were provided by Roberts et al 5 and Aweid et al 7 , a universally accepted standardized protocol and/or cut-off value for ICPM in CECS remain yet to be defined. As the value of ICPM is increasingly questioned, shifting perspective from the invasive ICPM to alternative testing modalities for CECS is indicated.…”

Earthquakes from a radiological perspective: what is demanded from the radiologists, and what can we do? A pictorial review

“…In addition, CT angiography and color Doppler US can be utilized to detect vascular luminal constriction due to elevated intracompartmental pressure (Figure 16). 26,27 Non-traumatic injuries Cerebrovascular diseases: The increase in blood pressure and heart rate caused by the activation of the sympathetic nervous system in those impacted by a natural disaster is known as "disaster hypertension". 28 Hypertension is connected with an increased risk of stroke (Figure 17) and heart attack and is one of the primary causes of cardiovascular disease.…”

Diagnosis and Management of Lower Extremity Chronic Exertional Compartment Syndrome in the Active Adult Population

“…MRI is a reproducible screening tool for CECS and has been shown to have similar accuracy to IMCP measurement, with a sensitivity and specificity of 96% and 87%, respectively 17,18 . Thus, it has been proposed to add MRI to the clinical guidelines as an initial, noninvasive diagnostic tool in the evalua-tion of suspected CECS 11,[15][16][17] . However, barriers to MRI include cost, availability, and time.…”

“…In addition, MRI may be a promising diagnostic tool for noninvasive diagnosis of CECS 16 . Studies have shown that MRI can capture lingering water content in muscle tissue in patients with CECS in contrast to water dissipating shortly after exertion in healthy individuals 14,15,17 . When using MRI to assess for CECS, T2-weighted images are obtained at rest as a baseline study.…”

“…After the initial X-ray, MRI is one of the most sensitive and specific tools in the assessment of chronic lower extremity pain and can uncover common causes of pain such as MTSS, stress fracture, popliteal artery entrapment, and peripheral nerve entrapment, which are important to rule out before a diagnosis of CECS can be made 14,15 . In addition, MRI may be a promising diagnostic tool for noninvasive diagnosis of CECS 16 .…”