historicamente o Estado brasileiro sempre figurou como agente central para sustentação do setor sucroenergético (produção de cana-de-açúcar e seus derivados), acionando diferentes políticas e recursos em diversos períodos. Particularmente entre os anos 2000 e 2015, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) atuou de modo central para a sustentação do setor, através de financiamentos em diversas áreas essenciais à produção: infraestrutura, logística, capital de giro, pesquisa, plantio entre outros. Uma análise detalhada dos dados de financiamento do BNDES para o setor sucroenergético neste período permite compreender quais agentes foram beneficiados e quais implicações territoriais e políticas esse cenário apresenta. Nesse artigo espera-se demonstrar, de modo sistematizado, como se deu a atuação recente do BNDES e, deste modo, do próprio Estado brasileiro, para o setor sucroenergético e como tal situação revela as circunstâncias do uso do território no Brasil pelo referido setor.