A gestão em saúde atualmente enfrenta desafios na forma como os dados dos pacientes são armazenados em prontuários. O sistema centralizado dificulta o acesso dos pacientes a suas informações confidenciais, prejudicando o controle sobre seus próprios registros de saúde. Muitas vezes, os pacientes desconhecem completamente as anotações feitas em seus prontuários. Esta pesquisa tem como objetivo identificar estudos sobre a aplicação da tecnologia blockchain na área da saúde, buscando soluções para melhorar o armazenamento e acesso aos prontuários. A revisão integrativa foi realizada em 2022, consultando publicações nas bases de dados eletrônicos MEDLINE, Web of Science e Scopus, resultando em 18.728 estudos encontrados. Após a aplicação dos critérios de exclusão, inclusão e qualidade, foram utilizados nesta revisão 83 estudos relevantes. Embora o número de estudos sobre blockchain em aplicações de saúde esteja em constante crescimento, algumas limitações ainda precisam ser superadas. Existem aplicações da tecnologia que ainda não encontraram soluções adequadas. Apesar do potencial e interesse na tecnologia blockchain, seu impacto no armazenamento de prontuários de pacientes ainda está na fase de documentação, e as aplicações de pesquisa e atendimento clínico ainda precisam ser mais desenvolvidas. A maioria dos estudos com base em soluções blockchain ainda se encontra em estágio de conceitos iniciais e, em alguns casos, operam com bases de dados de usuários restritas. No entanto, acreditamos que o futuro da tecnologia blockchain, que elimina intermediários, tem um potencial imenso para exercer um efeito positivo significativo no armazenamento de dados de pacientes na área da saúde.