O papel do farmacêutico no controle do uso racional de antimicrobianos em drogarias

Abstract

Introdução: A capacidade de resistência bacteriana aos antibióticos é caracterizada como possibilidade de uma bactéria de sobreviver em concentrações de antibióticos que inibem outras da mesma espécie. Revisão: Este estudo trata-se de uma revisão de literatura a partir da síntese dos principais estudos publicados na LILACS e MEDLINE que fazem parte da Base de dado da coleção Biblioteca Virtual de Saúde -BVS. É cada vez mais progressivo o aumento de microrganismos patogênicos que resistem aos antimicrobianos devido ao seu potencial infeccioso. Uma vez que o antimicrobiano é prescrito pelo médico responsável, compete ao farmacêutico a instrução para a administração do mesmo, o que irá proporcionar maior segurança e eficiência durante o tratamento do paciente. Discussão: Para diminuir a incidência de resistência aos antibióticos devido ao uso inadequado é importante que o paciente tenha as informações adequadas principalmente no que se refere a não fazer uso da automedicação. Considerações finais: A ação farmacêutica é importante na orientação correta dos antimicrobianos sendo um grande desafio. É fundamental que participe de modo ativo em relação ao uso dos medicamentos e repassar ao paciente as informações necessárias sobre a antibioticoterapia.

Incorrect Use of Antibiotics

“…Existem diferentes classes de antimicrobianos, desenvolvidos para desempenharem ações específicas a depender da cepa, do local e da gravidade da infecção. O problema da resistência bacteriana acompanhou e ultrapassou o desenvolvimento de novos antibióticos, principalmente pelo seu uso indiscriminado e inadequado, especialmente das cepas gram-positivas, originando bactérias multirresistentes, que não são mais sensíveis a nenhum tipo de substância antimicrobiana (BARBOSA, 2019;SILVA & PAIXÃO, 2021).…”

“…No Brasil, com o objetivo de reduzir a utilização inadequada dos antimicrobianos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou a RDC nº 44, que determinava a dispensação de antimicrobianos mediante receita de controle especial e retenção das notas de compra no estabelecimento farmacêutico, o que acabou limitando o acesso dos usuários a essas medicações. Em substituição a essa RDC, a ANVISA aprovou a RDC nº 20, de 5 de maio de 2011, que aperfeiçoava a supracitada, estabelecendo os critérios básicos relacionados a prescrição, dispensação, controle, embalagem e rotulagem de antibióticos, que tem como requisito receituário por profissional habilitado e dispensação mediante apresentação e retenção dessa receita, além de reconhecer o papel do farmacêutico nesse processo (COSTA, et al, 2022;BARBOSA & FERNANDES, 2019) CONCLUSÃO Levando em consideração que a resistência bacteriana já é um processo natural da bactéria, o uso descontrolado e indiscriminado favorece ainda mais para o surgimento da mesma. Os principais fatores estão na prescrição inadequada, na falta de orientação, no uso incorreto ou até mesmo sem indicação do mesmo, ficando assim mais susceptíveis a adquirirem mutações que inviabilizam o uso dos antibióticos.…”

Relação Da Resistência Antimicrobiana Com O Uso Inadequado De Antibióticos

“…Conforme apontado por Feitosa (2006), o ato de se automedicar associado aos aspectos já mencionados é responsável, em grande parte, pelo surgimento da resistência bacteriana, fato este que tem se tornado um grave problema de saúde pública, resultando num significativo aumento das hospitalizações e contágios por bactérias. Ainda neste sentido, segundo Santos e Nitrini (2004) a assistência prestada ao usuário de antibióticos é insuficiente o que demanda melhores estudos para se poder avaliar os diversos fatores envolvidos na dispensação dos fármacos.…”

“…É fundamental que se alerte e se oriente os usuários de medicamentos acerca dos efeitos colaterais esperados, lembrando estes, que alimentos, bebidas e/ou outros fármacos podem interferir na biodisponibilidade do medicamento comprometendo assim, a eficácia do tratamento. Deve-se ressaltar também, que é dever e função dos profissionais de saúde, em especial, dos farmacêuticos, realizar as devidas orientações para que o paciente possa vir a realizar adequadamente os medicamentos, e assim, se alcance o êxito no tratamento (FEITOSA, 2006).…”