O paradigma da epistemologia histórica: a contribuição de Thomas Kuhn

Abstract

Este artigo apresenta uma breve análise histórica da epistemologia, do modelo normativo tradicional às vertentes contemporâneas, aqui designadas de ‘histórico-interpretativas’. Estas últimas fazem vigorosa crítica ao paradigma tradicional, demonstrando não só os limites da ‘falsificação lógica’ e da ‘verificação empírica’, mas também a rigidez prescritiva da metaciência normativa, incompatível com os avanços científicos deste século. Analisa-se a contribuição kuhniana, dando-se destaque aos seus conceitos originais e às redefinições de conceitos e modelos anteriores. À guisa de ilustração, alguns são utilizadas na análise da descoberta da estrutura do DNA. A apresentação do modelo kuhniano inclui posições de interlocutores, tanto os normativos quanto os pós-kuhnianos, sobretudo em relação às ciências sociais e ao uso ampliado para outras áreas do conhecimento.

The production of the professional master's degree in nursing of the Federal University of Santa Catarina, 2013-2016

“…The members of this community should be subjected to similar education and professional initiation, absorbing much of the same technical literature and learning similar lessons. The community must have its own object of study, although the same object can be approached from different points of view by different academical areas (6) .…”

A paradigmatic visionary perspective: professional master's in nursing

“…The notion of paradigm is present in Linguistics since 1916, therefore, existing before Kuhn's book, published in 1962. However, it is from its use as a central concept in this work that the term was established in the philosophical and epistemological fields, spreading over several fields of knowledge, such as economics, sociology of work, bioethics, public health, health administration and biomedicine (5) .…”

A dupla hélice do DNA: história revisitada à luz da epistemologia kuhniana

“…(MAYR, 2008). Jacobina (2000), analisando momentos da história da ciência a partir da visão kuhniana, argumenta que a descoberta do DNA se configurou como uma revolução científica que originou elementos que povoam o universo científico da biologia na atualidade como a clonagem, os transgênicos, dentre outros. Delizoicov (2006), ao estudar questões históricas e epistemológicas relacionadas ao desenvolvimento de modelos explicativos para o sistema sanguíneo humano, salienta que o resgate histórico, na abordagem científica, possibilita a desconstrução de perspectivas empiristas que consideram a observação e as experimentação como origens do conhecimento, a visão do desenvolvimento científico como cumulativo e linear e a crença na neutralidade dos cientistas.…”