Resumo: Contextualização: No Brasil, a prevalência média de incontinência urinária (IU) é de 27,6% em mulheres, sendo que somente 10,7% destas brasileiras buscam atendimento relatando alguma perda urinária. Esta pode ser considerada uma das novas epidemias do século XXI, intensificada pelo contínuo aumento da longevidade. A IU ocorre devido a uma disfunção do trato urinário inferior, e é definida como qualquer queixa de perda involuntária de urina. Existe na literatura algumas classificações de incontinência, dentre elas: incontinência urinária de esforço, incontinência urinária de urgência e incontinência urinária mista. Objetivo: Traçar um perfil epidemiológico de mulheres com queixa de incontinência urinária, atendidas em uma unidade de saúde do município de Araucária (PR). Métodos: A amostra foi selecionada através da análise de 2000 prontuários pertencentes ao setor de uroginecologia do centro de atendimento à mulher e ao idoso de Araucária (PR). Um total de 102 prontuários foram selecionados pois se encaixavam nos critérios de inclusão do estudo. Na investigação, utilizou-se teste de Shapiro-Wilk para a análise estatística. Resultados: A média de idade: 69, 85 ± 10, 19, início da menopausa aos 51 ± 9, 12 anos, média de peso: 73, 4 ± 15, 38Kg, tipo de IU predominante: IU de esforço, percentagem de tabagistas: 13%, percentagem de ausência de prática de atividade física: 57%. Conclusão: Confirma-se a necessidade de conscientizar profissionais da saúde pública, quanto à importância de prontuários com informações mais detalhadas, para delinear o perfil de mulheres com incontinência urinária, com finalidade de maiores esclarecimentos para a população quanto aos benefícios no tratamento através da Fisioterapia Pélvica.