O Retorno Dos Que Não Foram: Sarampo, Tuberculose E Pólio - Uma Revisão Integrativa

Abstract

O Programa Nacional de Imunização (PNI), foi uma grande conquista para o Brasil que com pouco tempo de sua implementação obteve-se a erradicação da varíola. Com o decorrer dos anos o programa foi sendo ampliado e com isso erradicando mais doenças, como por exemplo o sarampo, entretanto, em 2018 o mesmo voltou a circular no território brasileiro. Um dos fatores responsáveis por esse retorno foi o crescimento do movimento antivacina, o qual ganhou força depois da publicação de um estudo fraudulento feito por Andrew Wakefield, o qual apresentava a vacina diretamente relacionada com graves efeitos colaterais em crianças. Além da alta taxa de imigrantes de países que não possuíam um sistema de imunização amplo. Alguns dos fatores citados acima juntamente com demais problemáticas contribuíram para a retomada de várias outras doenças como tuberculose e pólio, doenças essas que possuem vacina e são oferecidas pelo Sistema único de Saúde em todo território nacional, mas que por alguns motivos estão deixando de ser tomadas.

Ascaridíase: Prevalência E Gravidade Maior Em Crianças

“…A introdução da vacina BCG (Bacillus Calmette-Guérin) na década de 1920 também contribuiu para a redução da incidência da forma mais grave da doença em crianças. Já no ano de 1936, Manoel Abreu considerado cientista descobriu um método de diagnóstico da doença através de um exame radiográfico do tórax que promoveu mundialmente o combate a TB, Com o avanço da medicina e o desenvolvimento de antibióticos eficazes, a tuberculose passou por um declínio significativo nas taxas de incidência e mortalidade a partir da década de 1940 (SOUZA MACIEL et al, 2013;GUI-MARÃES et al, 2018;REGO et al, 2021).…”

Desafios na vacinação infantil no Brasil: análise da cobertura vacinal da BCG nos municípios da 10ª regional de saúde do Paraná em relação ao Brasil

“…O indivíduo se infecta com a bactéria através de partículas que entram pelas suas vias aéreas superiores e que possuem maior afinidade com os pulmões, ocasionando febre, tosse, fraqueza, cansaço e perda de peso. No entanto, ela também pode se instalar em outros órgãos, o que determina a sintomatologia apresentada (REIS et al, 2019;REGO et al, 2021).…”

Movimento Antivacina E a Possibilidade De Retorno De Doenças Erradicadas

“…O Programa Nacional de imunização (PNI), considerado referência mundial, foi o pioneiro da disponibilização de vacinas de forma rápida, gratuita e com ampla cobertura (REGO et al, 2021). Usando uma linguagem acessível e uma diversidade étnica, o PNI usou da mídia como um dos meios de comunicação para aderir à população aos esquemas vacinais disponibilizados; a criação de símbolos ão da população infantil, chegando a uma cobertura vacinal acima de 95%, controlando doenças imunopreveníveis, como a poliomielite (BELTRÃO et al, 2020;SATO, 2018).…”

“…compartilhadas principalmente nas redes sociais, provocando uma linha crescente dos movimentos antivacinais(LOPES-JÚNIOR et al, 2021).Brasil foi em 1904, das medidas drásticas de implementação de um plano de controle da varíola por meio de vacinação obrigatória, foi o estopim de uma revolta popular que não apoiava o programa de vacinação dirigida por Dr. Oswaldo Cruz. A imprensa, assim como políticos da oposição e instituições acadêmicas se opuseram a esse sistema, onde a falta de informação a população fez se estabelecer essas revoltas(BELTRÃO, 2020;REGO et al, 2021).Esses movimentos tomaram força quando, em 1998, a revista científica The Lancet publicou um estudo falso do médico Andrew Wakefield, em que, explanava uma associação da administração da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) com a causalidade de desenvolvimento de comportamentos comuns ao Transtorno do Espectro do Autista (TEA). Apesar de ter sido comprovado que o intuito principal era lucrar por meio de ações judiciais contra os fabricantes da vacina, e da revista ter se desculpado e tirado o artigo de publicação, a falta de responsabilidade foi o suficiente para ainda hoje ser um dos fatores mais utilizados como ameaças globais à saúde(REGO et al, 2021).…”

“…A imprensa, assim como políticos da oposição e instituições acadêmicas se opuseram a esse sistema, onde a falta de informação a população fez se estabelecer essas revoltas(BELTRÃO, 2020;REGO et al, 2021).Esses movimentos tomaram força quando, em 1998, a revista científica The Lancet publicou um estudo falso do médico Andrew Wakefield, em que, explanava uma associação da administração da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) com a causalidade de desenvolvimento de comportamentos comuns ao Transtorno do Espectro do Autista (TEA). Apesar de ter sido comprovado que o intuito principal era lucrar por meio de ações judiciais contra os fabricantes da vacina, e da revista ter se desculpado e tirado o artigo de publicação, a falta de responsabilidade foi o suficiente para ainda hoje ser um dos fatores mais utilizados como ameaças globais à saúde(REGO et al, 2021). sua causa provém principalmente da ideia incrustada em algumas pessoas de que a os efeitos colaterais da vacina serão maléficos, de que será uma ameaça à saúde, nesse sentido, essa parcela da população define ser mais seguro à vida, não utilizarem de intervenções científico-tecnológicas, como a vacinação (PASSOS; FILHO, 2020).…”