Os tempos verbais desta tese estão escritos no plural e há uma razão para isso. Na tradição da qual venho, se agradece no plural: Adúpẹ ́ quer dizer 'nós agradecemos', pois nunca estamos sozinhos. Diz-se, na cultura yorùbá, que "Agbajo owo ni a nfi so aya. Ajeji owo kan o gbegba kari", isto é: São as mãos de uma comunidade que trabalham efetivamente. Uma pessoa não consegue colocar a bagagem na cabeça com uma única mão.Portanto, agradeço a quem veio antes de mim, pelo caminho trilhado até aqui. A todos os meus ancestrais, agradeço em nome de Òṣùmàrè e Ọ̀ṣùn, por me permitirem acordar todos os dias e sentir que tudo o que faço no mundo representa muito mais do que somente a mim. Agradeço à minha orientadora, Professora Marcia Couto, que é a principal responsável por essa jornada ter chegado ao seu final com êxito. Pelas palavras, pela parceria e pela sua capacidade única de me organizar em tantos níveis, Adúpẹ ́! Agradeço ao território ancestral do Maranhão pelas minhas raízes. Agradeço a Aracéa Carvalho, minha mãe e minha certeza de que sempre terei onde atracar com segurança; a Maria de Lourdes Carvalho, minha avó e referência de força; a Nilson Amorim, meu pai, de quem herdei o amor pelas palavras. À minha prima-irmã Sulayne Araújo, primeira doutora de nossa família -e exemplo para que eu me tornasse a segunda. Aos meus cinco irmãos, em nome de minha irmã Juliana Matos, atualmente mestranda, com a qual compartilho as angústias de pósgraduanda. Às minhas tias, tios, primas e primos, que não citarei nominalmente, pois são muitos, agradeço por terem me emprestado um pouco do que são para que eu me tornasse quem sou hoje.
Ao território ancestral do Ilé Àṣẹ Omọdẹ Omiodò Ọ̀ṣùn àti Ọya, na figura do meuBàbálòrìṣà Everson ti Lógunẹde, agradeço pelo cuidado e pela energia dedicada para que eu chegasse até aqui. Adúpẹ ́ a toda a minha família yorùbá! Aos territórios ancestrais da África do Sul e do Benin, agradeço por me darem chão para escrever grande parte dos artigos desta tese. Agradeço pelas amizades com as quais dividi a jornada, em especial às minhas queridas amigas Thais Tiriba e Núbia Aguilar, que trilharam comigo o árduo caminho do Doutorado Sanduíche. Agradeço à Universidade de Cape Town (UCT), em nome do meu orientador, Professor Charles Wiysonge; da minha coorientadora, Dr.Elizabeth Oduwole; e do grupo de pesquisa Vaccines for Africa. E, ainda, agradeço à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes -Processo PrInt nº 88887.716875/2022-00), pela oportunidade de cruzar o Atlântico e realizar um campo que enriqueceu não apenas essa tese, mas também minha vida pessoal e profissional.Agradeço às coautoras dos artigos que compõem essa tese, por sua parceria e suas importantes contribuições: as professoras Jeane Tavares (UFRB), Carolina Barbieri (Instituto Butantan), Vivian Avelino-Silva (USP), Edina Amponsah-Dacosta (UCT); e minhas colegas doutorandas Bruna Gonçalves (USP) e Imen Ayouni (UCT).Agradeço a cada uma das famílias que abriu as portas de sua casa para que essa pesquisa de campo fos...