Resumo: A partir da obra de Abigail Tarttelin: "Menino de Ouro" se objetiva investigar os significados que são (re)produzidos sobre intersexualidade no livro juvenil e analisar como as instâncias família e medicina, representadas no artefato, produzem a personagem Max Walker. Procura-se estabelecer nexos com algumas proposições de Foucault, bem como com algumas questões postas pelos Estudos Culturais e Queer nas suas vertentes pós-estruturalistas, por meio de uma Análise Cultural. O saber médico e a família se preocupam em trazer Max para o centro das normas de gênero, evidenciando a busca da linearidade sexo-gênero-sexualidade. Percebe-se que os corpos intersexuais borram fronteiras e colocam à prova os binarismos socialmente legitimados.Palavras-chave: intersexualidade, literatura juvenil, artefato cultural, normal, anormal
Intersexuality: golden boy's book in questionAbstract: From the reading of Abigail Tarttelin's book, Golden boy, the objective of this work is to observe the meanings that are (re)produced about intersexuality on the youth book. Also, analyzing how different represented instances produce the character Max Walker. At the topic's study, it establishes links to some propositions of Foucault, as well as some questions put by Cultural Studies an Queer in its post-structuralist strands. The medical knowledge that heckles Max Walker is concerned in bringing his body to the center of the gender standard, evincing the search for adequacy of bodies within the linearity sex-gender-sexuality. Based on the analysis it is noticed that intersexual bodies blur boundaries and put to the test the socially legitimated binarisms.