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Em minha proposta de letramento, a relação entre ser alfabetizado e ser letrado não élinear, o que acarreta um giro teórico e metodológico na questão, visto que deixamos deconsiderar indivíduos empíricos que fazem uso da língua escrita, e sim posições de sujeito dentrodo continuum do letramento, o que implica considerar o lado da perda. Refiro-me às práticasorais, que coexistem com a economia escriturística. Defendo a proposta de um continuum, agraduação de um saber sobre a escrita, que seria independente de variáveis tais comoalfabetização, escolaridade e escolarização. Senso assim, não é a língua que é considerada comoparâmetro, mas os discursos que servem de suporte às práticas letradas. Também a dicotomialíngua oral/língua escrita não serve mais, devido à interpenetração. O que está em questão não ése o sujeito é alfabetizado, mas em que medida ele pode ocupar a posição de autor. Mobilizarei osconceitos de dispersão e deriva para descrever o processo de autoria. O sujeito ocupa a posição deautor quando retroage sobre o processo de produção de sentidos, procurando amarrar a dispersãoque está sempre se instalando, devido à equivocidade da língua, e produz aquilo que Lacandenominou de point de capiton, lugares do processo de enunciação onde há indícios de que osujeito efetuou um movimento de retorno ao enunciado, e pode, assim, olhá-lo de outro lugar. Seconsegue cercar a dispersão, o autor, no entanto, não irá nunca evitar a deriva de sentidos,produto da equivocidade da língua. Ao longo da exposição, apresentarei análises de corpora.
Em minha proposta de letramento, a relação entre ser alfabetizado e ser letrado não élinear, o que acarreta um giro teórico e metodológico na questão, visto que deixamos deconsiderar indivíduos empíricos que fazem uso da língua escrita, e sim posições de sujeito dentrodo continuum do letramento, o que implica considerar o lado da perda. Refiro-me às práticasorais, que coexistem com a economia escriturística. Defendo a proposta de um continuum, agraduação de um saber sobre a escrita, que seria independente de variáveis tais comoalfabetização, escolaridade e escolarização. Senso assim, não é a língua que é considerada comoparâmetro, mas os discursos que servem de suporte às práticas letradas. Também a dicotomialíngua oral/língua escrita não serve mais, devido à interpenetração. O que está em questão não ése o sujeito é alfabetizado, mas em que medida ele pode ocupar a posição de autor. Mobilizarei osconceitos de dispersão e deriva para descrever o processo de autoria. O sujeito ocupa a posição deautor quando retroage sobre o processo de produção de sentidos, procurando amarrar a dispersãoque está sempre se instalando, devido à equivocidade da língua, e produz aquilo que Lacandenominou de point de capiton, lugares do processo de enunciação onde há indícios de que osujeito efetuou um movimento de retorno ao enunciado, e pode, assim, olhá-lo de outro lugar. Seconsegue cercar a dispersão, o autor, no entanto, não irá nunca evitar a deriva de sentidos,produto da equivocidade da língua. Ao longo da exposição, apresentarei análises de corpora.
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