O SUS e as políticas sociais: Desafios contemporâneos para a atenção primária à saúde

Abstract

Este artigo constitui-se em um estudo teórico, cuja premissa é a imposição feita pelo atual estágio do capitalismo aos países pobres, entre eles o Brasil, que visa flexibilizar a estruturação de suas políticas sociais, ameaçando conquistas importantes, como é o caso do Sistema Único de Saúde (SUS). Como objetivo, importou analisar as políticas sociais no Brasil no contexto do capitalismo contemporâneo, em que predomina a mais fetichizada forma do capital, qual seja, o capital portador de juros, e seus desdobramentos para o SUS. Além disso, buscou-se compreender o papel dos organismos internacionais, especialmente o Banco Mundial, neste contexto. A primeira parte apresenta uma discussão acerca da crise do Estado de Bem-Estar e da reconfiguração das políticas sociais, segundo a lógica da fase atual do capitalismo. Além disso, discute a disputa pelo fundo público e sua relevância para o processo de acumulação e expansão do capital portador de juros. A segunda parte expõe o papel estratégico dos organismos internacionais, sobretudo o Banco Mundial, como porta-voz da agenda neoliberal. Trata da influência do Banco Mundial sobre a política interna dos Estados, de modo a articular a geopolítica internacional, segundo os “interesses dos mercados”. Por fim, fazem-se alguns apontamentos para o futuro do sistema de saúde brasileiro, principalmente para a Atenção Primária à Saúde.

Um Olhar Sobre a Autonomia: Percepções De Enfermeiras Sobre Suas Práticas Na Atenção Primária

“…A destruição das políticas sociais, particularmente de saúde nesse caso, traz consequências nocivas para toda população brasileira, ao negar o acesso a um sistema de qualidade. (18) Além ferir a autonomia das profissionais de saúde, entre elas as enfermeiras, o descaso com as instalações dos serviços públicos de saúde, sobretudo na atenção primária, submetem os trabalhadores a locais insalubres, com poucos recursos, o que contribui para a desmotivação dos profissionais e interfere na qualidade dos serviços prestados. (19)(20)(21) Em virtude do contexto da pandemia de Covid-…”

Temáticas editoriais da Revista Acta Paulista de Enfermagem: um estudo bibliométrico (1988-2017)

“…(25) A crescente especialização da enfermagem em saúde da família e das equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) no contexto público, e até recentemente no contexto corporativo e privado, influenciou a abertura de novos cursos de graduação com desafios de incorporar disciplinas das ciências sociais e humanas nos currículos, além de tornar os enfermeiros mais aptos a ver a saúde da população sob os aspectos políticos, culturais e econômicos, o que demandaria a formação de um enfermeiro mais crítico e diferente do modelo centrado no hospital e nas ordens médicas. (25,26) A saúde pública tem a relação direta com as políticas sociais, que, por sua vez, é resultado das lutas antagônicas entre diferentes classes sociais, mediados pelo capital e trabalho, em que o Estado assume seu papel como líder da força produtiva, o que valoriza uma enfermagem diferente daquela desenvolvida no ambiente hospitalar e privada: mais autônoma, responsável por consultas e até mesmo prescrições de medicamentos e exames. (26,27) Essa faceta é primordial para se entender a valorização profissional e ampliação do campo de atuação dos enfermeiros.…”

“…(25,26) A saúde pública tem a relação direta com as políticas sociais, que, por sua vez, é resultado das lutas antagônicas entre diferentes classes sociais, mediados pelo capital e trabalho, em que o Estado assume seu papel como líder da força produtiva, o que valoriza uma enfermagem diferente daquela desenvolvida no ambiente hospitalar e privada: mais autônoma, responsável por consultas e até mesmo prescrições de medicamentos e exames. (26,27) Essa faceta é primordial para se entender a valorização profissional e ampliação do campo de atuação dos enfermeiros.…”

Profissionalismo médico como competência formativa: evidências no currículo e nos significados atribuídos por alunos do internato em Saúde da Família

“…Nesse sentido, o PM demanda dos profissionais responsabilidade consigo mesmos, com o social e com o exercício da medicina, sendo fundamental ter, além desta, outras competências, para ir além do "saber fazer" técnico. É fundamental ter organização, responsabilidade, ser sensato na resolução de problemas, assim como ter senso de justiça e flexibilidade para garantir uma autonomia do usuário e da equipe e, também, a valorização do cuidar do outro 33 .…”