v vi À minha Erika e ao meu Vinícius, por 'sermos quem podemos ser com os sonhos que podemos ter'. E também à minha mãe Ignez, por toda a força e bons fluidos, e com um pedido de desculpas pelos discos quebrados. vii -Apresentação e Agradecimentos -"A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida" (Vinícius de Moraes)O verso de Vinícius de Moraes, que abre esta sessão de apresentação e agradecimentos, encontra-se na letra do "Samba da Bênção", em que o 'poetinha' relembra e homenageia seus parceiros de música e da vida. Considerei apropriado iniciar com ele, para fazer, com menos arte, o meu "samba da bênção", tomando por inspiração a questão dos encontros.Produzir uma dissertação de mestrado é um exercício acadêmico extremamente massacrante (fica a queixa), e o é, entre outras coisas, porque a possibilidade de nela inserir todas as reflexões que se deseja é, na verdade, uma impossibilidade. Da mesma forma, nesta sessão de agradecimentos e apresentação, também será impossível lembrar todas as pessoas que, cada uma à sua maneira, contribuíram para que este momento fosse possível. Então, gostaria de deixar primeiramente os meus agradecimentos às pessoas que, por algum descuido da memória ou por algum ato falho, não se encontrarem nas linhas abaixo. Deixo também o meu agradecimento à CAPES, pelo financiamento através da bolsa de mestrado.Retomando a questão dos encontros, pretendo dividir essa sessão em alguns grupos deles (sai, método!), de forma que este "samba" ajude, de alguma forma, o leitor a entender/compreender as diferentes trajetórias interconectadas que me trouxeram até aqui.
Meus encontros com a militânciaSou o filho de uma mãe que, durante toda a minha infância, foi uma militante. Da ADUF-PB, da ANDES, da CUT, do Partido dos Trabalhadores. Inicialmente, a criança sentiu o peso desta concorrência, mas desde muito cedo senti também o orgulhoque carrego até hojede ter uma mãe comprometida com a transformação da sociedade, que é injusta e desigual. Muito obrigado, mãe, por estes ensinamentos e por acender viii em mim a chama de quem quer transformar o mundo.Tive um breve encontro com a militância na adolescência, à época dos "caras pintadas" que protestavam contra o presidente Collor. Mas foi, sem dúvidas, na faculdade de medicina e no Movimento Estudantil que se deu meu encontro mais definitivo com a militância.Como não lembrar a turma de 'palhaços'minha turma na faculdadeque, ainda no segundo semestre do curso ousou desafiar as hierarquias e vícios da instituição e se colocou de nariz de palhaço, vestida de preto, em uma prova de Neuroanatomia? Vivi a empolgação de contestar um sistema injusto, e sofri a consequência de minha primeira e única reprovação na faculdadeclaro, na disciplina de Neuroanatomia. Agradeço a toda turma de palhaços por poder ter esta lembrança em minha história, e em especial aos amigos Rogério, Róbson, Vinícius, Felipe e Erika, lembrando da noite que passamos em claro, juntos, à véspera daquele protesto.
Agradeço imensamente a cada um dos companheiros que lutara...