A espécie Banisteriopsis caapi, popularmente conhecida como mariri é uma planta de uso religioso e cultural que, junto com a espécie Psychotria viris compõem a preparação de um chá, considerado um sacramento, que conduz à expansão da consciência. Na propagação de B. caapi o grão de pólen responsável por transportar o gameta masculino para o gameta feminino desempenha importante papel na reprodução, para que haja o sucesso reprodutivo depende de polens viáveis, oriundos do processo meiótico que ocorre nas anteras. A partir de 5 indivíduos nativos e 5 cultivados, foram selecionados 5 botões florais de cada um deles para análise dos órgãos reprodutivos e submetidos ao método de acetólise. A morfologia detalhada das flores e pólen, os estudos de Índice Meiótico, Viabilidade Polínica e Citoquímica contribuem com o entendimento de ecologia e dispersão da espécie. A morfologia apresenta dados congruentes relativos à flor e pólen, os botões florais recomendados para estudos que visam análises do índice meiótico mediram entre 1,74–2,28 mm de comprimento, os indivíduos nativos tiveram 83,86% e os cultivados 91,95% de produtos pós-meióticos com tétrades normais. A viabilidade polínica da espécie em cultivo apresentou percentual acima de 95%, porém dos indivíduos nativos variaram entre 72,48% a 94,64%. Os testes citoquímicos indicaram substâncias de reserva dos grãos de pólen contendo amido e lipídios.