Apesar do avanço tecnológico contemporâneo, observamos que o cenário urbano brasileiro ainda revela um aumento do número de pessoas residindo em favelas e comunidades urbanas, expostas à vulnerabilidade no acesso ao saneamento básico, especialmente os serviços de esgotamento sanitário. Neste artigo, estudamos o Trauma Psíquico relacionado a essas condições de vulnerabilidade a que os habitantes de favelas e comunidades urbanas estão suscetíveis. Adotamos uma Abordagem Psicanalítica e uma metodologia bibliográfica exploratória para examinar o trauma psíquico à luz da Teoria Freudiana. Concentramo-nos especificamente na favela Jardim Nova Esperança, em São José dos Campos-SP. Existente há mais de um século, essa comunidade enfrenta desafios de irregularidade fundiária e vulnerabilidade em saneamento básico, mesmo estando situada em uma Cidade Inteligente e considerada um dos territórios mais desenvolvidos do Brasil. Paralelamente, a problemática foi ilustrada com o caso ficcional de Joana, uma menina de 7 anos, moradora dessa favela, descrita através de Vinhetas Ficcionais. As conclusões apontam as graves consequências do trauma psíquico associado à precariedade dos serviços de saneamento básico, evidenciando as adversidades em áreas periféricas. Enfatizamos a necessidade de implementar políticas públicas eficazes e ações práticas que melhorem as condições de vida desses grupos vulneráveis, garantindo acesso amplo aos serviços de esgotamento sanitário para reduzir o trauma psíquico e promover o bem-estar dessa população.