Os medicamentos conhecidos como drogas inteligentes ou nootrópicos, entre eles, Metilfenidato, Cloridrato de Metilfenidato ou Dimesilato de Lisdexanfetamina (Ritalina®, Concerta® e Venvanse®), indicados para o tratamento de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), narcolepsia e epilepsia, têm sido usados com frequência, para o aprimoramento cognitivo, por pessoas saudáveis, sem prescrição médica. São medicamentos que proporcionam a melhora no desempenho, no entanto, provocam elevado potencial de dependência, gerando danos à saúde física e mental, de tal modo que se transformam em uma questão grave de saúde pública. Com o auxílio de artigos similares recentes e por meio de um formulário elaborado com perguntas objetivas relacionadas diretamente ao tema, pode-se presumir a contextualização para o uso indiscriminado das drogas citadas. Pensando nisso, foram avaliados 304 universitários, destes, 33,9% fazem ou já fizeram uso de tais drogas, com uma média de 22,3 anos, sendo 90,2% do curso de Medicina, cujo uso dos medicamentos, realizado mais frequentemente em períodos de avaliações, é feito para melhorar resultados acadêmicos. A maioria relata melhora cognitiva e redução do sono, permitindo mais horas de estudo. Por outro lado, os efeitos, após a utilização, incluem ansiedade, taquicardia, diminuição ou aumento de apetite, sentimentos depressivos, entre outros sintomas. Desse modo, observa-se que há uma preferência entre os universitários pelo uso das drogas citadas. Sendo assim, trata-se de um assunto que deve ser discutido no meio acadêmico, realizando ações com a finalidade de minimizar o abuso e dependência dos indivíduos.