Compreendendo a importância das discussões de gênero e das mulheres na ciência, o presente artigo propõe, a partir de um olhar feminista, apresentar a história de algumas cientistas, em especial as primeiras mulheres aceitas nas universidades ocidentais. O presente estudo possui um caráter teórico e tem por objetivo analisar alguns aspectos e períodos da história da construção científica, como forma de evidenciar o processo de exclusão e invisibilização das cientistas nos períodos em destaque. É salutar destacar que a escolha pela abordagem feminista para a análise histórica da ciência se deu, especialmente, pelo caráter político, social e interseccional dos movimentos feministas. A partir do exposto, foi possível constatar a contradição nos ideais de neutralidade, objetividade e isenção de posicionamentos políticos/religiosos, ao qual a construção científica se baseou, em especial no que cerne as discussões de gênero. Diante de uma construção científica que invisibilizou, deslegitimou e excluiu as cientistas, além de terem tido seus saberes apropriados, a ciência ainda hoje permanece dentro de parâmetros misóginos e segregadores. Sendo assim, essa pesquisa propõe a urgência de reflexões e discussões de gênero nas comunidades científicas.