Introdução: Alterações motoras são observadas em pessoas vivendo com HIV/AIDS. Essas alterações podem estar associadas à cronicidade da infecção, uso contínuo da medicação antiretroviral e ou pela presença de comorbidades. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi avaliar a oscilação postural de pessoas vivendo com HIV/AIDS assintomáticos em tratamento com terapia antirretroviral altamente ativa. Métodos: Vinte e sete indivíduos, recrutados em um centro de referência em HIV, com idade entre 30 e 40 anos, participaram do estudo, divididos em dois grupos: grupo HIV (n=12) e grupo não HIV (n=15). Os participantes realizaram uma tarefa experimental, permanecendo em uma plataforma de força em posição estática, em posições de apoio bipodal e semi-tandem, em condições com e sem visão. Resultados: Os resultados demonstraram que a oclusão visual, quando adotada a base bipodal, gerou diferenças significativas na área de oscilação e velocidade média em ambos os grupos. Diferenças também foram observadas na área e velocidade média de ambos os grupos quando a posição semi-tandem foi adotada sem visão. Ao comparar os grupos, foi possível identificar diferenças significativas na base semi-tandem com visão. Conclusão: Considerando esses resultados, constatou-se que a oscilação postural foi maior na condição de oclusão visual para ambos os grupos. Concomitante a isso, concluímos que na condição desafiadora, onde a base de suporte é reduzida, o grupo HIV apresenta maior oscilação (médio-lateral) que o grupo não HIV.