Este artigo constitui-se como parte do resultado da pesquisa de Doutorado e tem como objetivo analisar de maneira crítica as (des) territorialidades dos grêmios estudantis, bem como seu funcionamento e organização no cotidiano das unidades. O problema da pesquisa pode ser compreendido com a seguinte questão: Os grêmios estudantis conseguem se expandir enquanto coletivo nos territórios educacionais de maneira plena? Se não, quais são os obstáculos que contribuem para a não efetivação do projeto nas unidades escolares? Operamos com a hipótese de que as políticas educacionais são elaboradas nos dias atuais como uma tentativa de desconstrução dos movimentos estudantis, bem como a inserção plena destes jovens no mundo do trabalho precarizado com uma visão mecanicista, inconsistente e pouco reflexiva. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e estudo de caso, baseados na investigação qualitativa, no qual exige a combinação de recolha de dados, bem como sua análise. Como resultado, temos que os grêmios estudantis das escolas municipais da São Paulo a partir do estudo de caso, não funcionam de maneira plena por conta das consequências da pandemia da COVID-19, alienação espacial provocada pelo mundo do trabalho precarizado, as políticas neoliberais que precarizam a participação dos alunos e por fim, a truculência da gestão escolar.