Resumo:Introdução: A displasia broncopulmonar (DBP) é uma doença pulmonar crônica que acomete geralmente prematuros que necessitaram de oxigênio por mais de 28 dias de vida. Existe na literatura pouca informação sobre a forma como a DBP pode afetar os músculos respiratórios, bem como a possível indução de fadiga sobre esses músculos. Diante desse contexto, nossa hipótese nesta pesquisa foi avaliar a possibilidade de fadiga na musculatura respiratória acessória (
IntroduçãoA Displasia broncopulmonar (DBP) é considerada uma doença pulmonar crônica que acomete neonatos que permanecem com dependência de oxigênio, em concentrações acima de 21%, por um período igual ou superior a 28 dias de vida [1]. Esta doença é, em potencial, uma desordem do desenvolvimento do sistema respiratório do recém-nascido pré-termo, na qual, o pulmão ainda imaturo, não atinge toda sua estrutura morfológica e funcional, que resulta na formação de grandes alvéolos[2] com superfície reduzida de trocas gasosas[3] e por consequência gera uma obstrução do fluxo aéreo pulmonar e uma sobrecarga dos músculos principais da respiração na tentativa de vencer a resistência das vias aéreas e adequar a ventilação pulmonar [4,5].Assim, os músculos acessórios da respiração são acionados, permitindo elevação da caixa torácica na inspiração [6][7][8], repouso dos músculos diafragma e intercostal interno, contração muscular abdominal e expiração forçada, além da mobilização de secreções e prevenção de atelectasias [7,8]. Esta situação deve ser considerada, pois afeta justamente a função do diafragma e da MRA [7], podendo interferir diretamente na postura corporal, gerando restrições na mobilidade