ResumoEstudou-se o efeito combinado do pH, da temperatura e do ácido ascórbico no controle da atividade da polifenoloxidase (PPO) de pêssego cv. Granada, usando-se metodologia de superfície de resposta (MSR), bem como definiram-se as condições ótimas para controle de sua atividade. A PPO foi parcialmente purificada por precipitação com (NH 4 ) 2 SO 4 e diálise. A atividade foi medida por incremento da absorbância a 420 nm, usando-se catecol como substrato. Aplicou-se MSR para modelar e otimizar as condições reacionais, com pH variando entre 3,8 e 7,2, temperatura de incubação entre 5 e 55 °C e concentração de ácido ascórbico entre 0 e 568 µM. A testemunha para condição de atividade ótima da PPO foi pH de 6,2 e temperatura de incubação de 30 °C. A influência do pH, da temperatura e do ácido ascórbico na atividade da PPO indicou efeitos linear, quadrático e interativo. O modelo polinomial de segunda ordem explicou o fenômeno de escurecimento enzimático e seu controle para PPO com uma variância explicada superior a 98%. A atividade relativa foi significativamente dependente das três variáveis. As ótimas condições para controle do escurecimento enzimático mediado pela PPO de pêssego foram temperaturas superiores a 60 °C, no pH natural da fruta na presença de 0,08% em peso de ácido ascórbico.
Palavras-chave:Pêssego; Polifenoloxidase; Escurecimento; Otimização; Metodologia de superfície de resposta.
SummaryThe combined effects of pH, temperature and ascorbic acid on the activity of peach (var. Granada) polyphenoloxidase (PPO), and the definition of the optimum conditions for the control of PPO activity were determined using response surface methodology (RSM). The PPO was partially purified by (NH 4 ) 2 SO 4 precipitation and dialysis. The enzymatic activity was evaluated by measuring the increase in absorbance at 420 nm using catechol as substrate. RSM was applied to model and optimize the reaction conditions within the following ranges: ascorbic acid concentration (0-568 µM), pH (3.8-7.2) and incubation temperature (5-55 °C). The standard for PPO optimum activity was a pH of 6.2 and incubation temperature of 30 °C. The influences of pH, temperature and ascorbic acid concentration on the PPO activity indicated linear, quadratic and interactive effects. The second order polynomial model explained the phenomenon of enzymatic browning and its control for PPO with an explained variance superior to 98%, and the relative active was significantly dependent on the three variables. The optimum conditions to control the enzymatic browning mediated by peach PPO were temperatures above 60 °C at the natural fruit pH plus 0.08% w/w of ascorbic acid.