Introdução: No Brasil, foram registrados mais de 500 mil acidentes de trabalho por ano, no período entre 2016 e 2018, com custo anual superior a R$ 300 milhões. Objetivos: O presente estudo teve como objetivo analisar a incidência dos acidentes de trabalho no Brasil entre os anos de 2016 e 2020, segundo as variáveis, regiões geográficas, faixa etária e sexo. E sua prevalência, de acordo com as causas e o ramo de atividade econômica no mesmo período. Métodos: A metodologia aplicada tratou-se de um estudo descritivo longitudinal, com análise de série temporal do anuário estatístico da Previdência Social no Brasil. Resultados: A partir da análise foram identificadas menores taxas de acidentes de trabalho entre 2016 e 2019, em comparação com anos anteriores. As regiões Sul e Sudeste apresentaram-se como as localidades com maior incidência dos acidentes de trabalho, 11,7/1000 trabalhadores e 9,10/1000 trabalhadores, respectivamente. Já o Nordeste demonstrou maior redução de acidentes, com 6,22/1000 trabalhadores. Em relação ao sexo, houve redução na incidência dos acidentes de trabalho, sendo as maiores diminuições para o gênero masculino. As maiores prevalências de acidentes de trabalho por causa relacionam-se, respectivamente, a lesões, envenenamentos e outras consequências de causas externas, e doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo. Conclusões: É necessário melhorar os registros de acidentes de trabalho, devido à subnotificação dos trabalhadores informais -não considerados nos anuários. Além disso, dados mais apurados possibilitam a ampliação de políticas de prevenção, saúde e segurança no trabalho, para, então, reduzir os números desses acidentes. Palavras-chave: acidentes de trabalho; acidentes de trabalho no Brasil; saúde ocupacional; previdência social; prevalência.