INTRODUÇÃO: As transformações no mundo do trabalho têm propiciado o acúmulo de tarefas, exigências de polivalência e aumento do ritmo de trabalho, ocasionando um aumento de lombalgias. OBJETIVO: Descrever o perfil de trabalhadores com lombalgia, atendidos em uma unidade especializada em Saúde do Trabalhador da Baixada Santista. MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional transversal e exploratório. Ocorreu análise documental de prontuários abertos de trabalhadores atendidos no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) de Santos-SP, no período de julho de 2014 a julho de 2015, com queixa de lombalgia e diagnósticos nosológicos estabelecidos para “outras dorsopatias” (M51 a M54) segundo a CID-10. Foram obtidos os dados: demográficos, variáveis clínicas, categorias profissionais, entre outras. RESULTADOS: De 502 prontuários, 21,9% (n=110) apresentaram queixa de lombalgia e diagnóstico clínico pela CID-10. Houve predomínio do sexo feminino (58,2%), na faixa etária de 35 a 45 anos (50,9%) e baixa escolaridade, com ensino fundamental incompleto (35,4%). Ainda, 23,7% dos sujeitos estavam em situação de afastamento do trabalho e 85,0% com registro em carteira de trabalho (CLT). As categorias profissionais mais prevalentes foram de serviços domésticos, 28,3% (n=31) e atividades de limpeza, 19,1% (n=21). Dos sujeitos, 68,2% tiveram assistência de Fisioterapeutas. CONCLUSÃO: A prevalência foi maior no sexo feminino, de trabalhadores formais e afastados do trabalho, do setor de serviços domésticos e atividades de limpeza, de baixa escolaridade, e com a faixa etária considerada produtiva para o trabalho.