A demanda por produtos madeireiros, especialmente de madeiras nobres, tem exercido pressão sobre as formações florestais naturais. Neste contexto, o mogno africano (Khaya ivorensis) apresenta-se como uma alternativa promissora para atender o mercado de madeiras nobres, uma vez que, possui propriedades tecnológicas favoráveis para a produção madeireira. Entretanto, há carência de estudos de melhoramento florestal a respeito da espécie, limitando a seleção de genótipos superiores para a produção de madeira serrada. Portanto, o trabalho teve como objetivo, avaliar a variabilidade genética de caracteres quantitativos, estimando parâmetros genéticos e realizar a predição de valores genéticos dos indivíduos de duas procedências (Mateus Leme e Matosinhos) de K. ivorensis no Cerrado, aos oito anos. O teste foi estabelecido no delineamento experimental em blocos casualizados, com 2 blocos e 49 plantas por parcela. Foram avaliados os caracteres altura total (HT) e diâmetro a altura do peito (DAP). Os componentes de variância e valores genéticos preditos para as variáveis HT e DAP foram estimados utilizando estimadores REML/BLUP. A variância genotípica para as variáveis estudadas apresentou baixa magnitude (HT= 0,34; DAP= 0,48) comparado à variância fenotípica. As variáveis HT e DAP apresentaram, respectivamente, valores de herdabilidade entre famílias de 0,75 e 0,74, associados a valores de acurácia de 0,86 e 0,87, respectivamente. Os ganhos genéticos foram consideráveis para a seleção de árvores matrizes de K. ivorensis para HT e DAP indicando-as como variáveis promissoras na seleção de genótipos.