Ocupação Territorial e Variações Morfológicas em uma Praia de Macromaré do Litoral Amazônico, Ajuruteua-PA, Brasil

Abstract

Este trabalho foi realizado na praia de Ajuruteua, localizada a 36km da cidade de Bragança, e teve como objetivo caracterizar a influência dos processos costeiros de origem natural e antrópica, sobre as variações morfológicas nesta praia. Desta forma, dois perfis de praia foram monitorados e um levantamento completo sobre as formas de ocupação territorial foi realizado. A praia de Ajuruteua está dividida em dois setores, o setor SE (acrescivo) e o setor NW (erosivo). A ocupação territorial ocorre sobre dunas e de forma desordenada, principalmente no setor NW, fato que vem acelerando os processos erosivos próximos à linha de preamar máxima e, como consequência, novas ocupações estão sendo realizadas em áreas de manguezal e marisma. A falta de planejamento na ocupação territorial, de associações comunitárias e de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento social e para o turismo na região vêm gerando sérios problemas ambientais e sociais que repercutem na qualidade de vida da população usuária e na degradação do meio ambiente. A elaboração de planos/programas costeiros são necessários para racionalizar a ocupação territorial e impedir/minimizar os processos erosivos em Ajuruteua. Palavras-Chave: dinâmica praial, ocupação territorial e praia Amazônica brasileira.

Utilização Da Ferramenta Ground Penetrating Radar (Gpr) E Da Modelagem 3-D Para a Detecção Da Interface De Interação Água Doce/Salgada Da Vila Do Bonifácio, Praia De Ajuruteua (Bragança-Pa)/ Use of the Ground Penetrating Radar (Gpr) Tool and 3-D Modeling to Detect the Sweet/Salt Interaction Interface in Vila Do Bonifacio, Praia De Ajuruteua (Bragança – Pa)

“…A praia próxima da Vila dos Pescadores é relativamente plana orientada na direção NW-SE com, cerca de, 2,5km de extensão e 0,3km de largura, apresentando um declive suave em direção ao mar (MONTEIRO, 2009). A arrebentação da onda é do tipo deslizante e o estado morfodinâmico (€) apresenta características dissipativas (ALVES e EL-ROBRINI, 2006), sendo submetida a condições hidrodinâmicas de alta energia, que resultam em uma grande dinâmica praial, favorecendo o processo de erosão e deposição de praias.…”

“…A erosão nas praias bragantinas (PA), bem como o uso e ocupação do território adjacente a estas praias já foram visualizados em vários trabalhos podendo ser citados os trabalhos de KRAUSE e GLASER (2003); GLASER (2003);PEREIRA et al (2006a,b); MONTEIRO et al (2009). Entretanto, nenhum destes trabalhos procurou investigar a interface de interação entre a água doce e salgada em subsuperfície através da utilização de outros métodos (por exemplo: métodos geofísicos), a fim de determinar estes contrastes e verificar a existência do fenômeno de intrusão salina.…”

Structure and temporal variation of the phytoplankton of a macrotidal beach from the Amazon coastal zone

“…In Amazonian coastal environments, the strong local hydrodynamics, related to the macrotidal regimen (strong tidal currents) and strong waves and winds, have a marked influence on coastal dynamics (Monteiro et al 2009b). In the surf zone, the resuspension of sediments results in the exchange of benthic microalgae, which become part of plankton (tychoplankton), thus causing dramatic changes in the structure of the phytoplankton community as a whole (Sousa et al 2009, Matos et al 2013.…”

“…Like other areas on the northern coast of Brazil, this beach is dominated by semi-diurnal macrotides that can reach up to 6 m during the equinoctial spring tides (Souza Filho et al 2003). Waves generated by the NE trade winds reach up to 2 m in height, while the ebb tide flows in a SE-NW direction and the flood tide in a NW-SE direction (Monteiro et al 2009b). The local climate is of the Am type in the Köppen classification system, characterized by a rainy season between the months of January and July, and a dry season during the remaining months of the year, with annual rainfall of about 2500 mm and average annual air temperature of around 26°C (Moraes et al 2005).…”

Manejo E Conservação De Nascentes Na Bacia Hidrográfica Do Rio Marapanim (Pa)

“…Tais medidas, se aplicam a realidade das bacias componentes do nordeste do Estado do Pará. Estas vem apresentando um cenário de instabilidade da paisagem, que tem desfavorecido a sustentabilidade dos recursos naturais, afetando o ambiente biofísico e antrópico, uma vez que vários são os indicadores que apontam esta região como de alta susceptibilidade a ocorrência de riscos naturais e induzidos, conforme pode ser observado nos trabalhos de Barbosa et al (2007), Monteiro et al (2009) A região do Nordeste Paraense compõe um território hídrico de características fluviais, estuarinas e marinhas que definem um litoral marcado por sucessivas feições erosivas descritas por Furtado e Ponte (2013) como pertencentes a "Planícies Marinhas e Fluviomarinhas", componentes do médio-baixo curso das bacias formadoras, que tem início na porção norte e leste da ilha do Marajó indo até o golfão maranhense, composto por um conjunto de ilhas, baías e canais recortados, sendo que a porção do NE do Pará compõe as denominadas "Reentrâncias Paraense-Maranhense"; e pelos "Planaltos Rebaixados" ou "Planaltos Rebaixados da Zona Bragantina", definidos por relevos dissecados e residuais, que marcam o médio -alto curso das bacias hidrográficas componentes. Nesse cenário o trabalho se dispôs a somar com estudos nessa área, avaliando o estágio de alteração de nascentes componentes da bacia hidrográfica do rio Marapanim, sendo elas localizadas nos municípios de: Terra Alta, Curuçá, São Francisco, Marapanim, Igarapé Açu e Castanhal.…”