“…Também me refiro à propagação de um pensamento e de uma prática antropológica em que o outro (indígena), com suas concepções e teorias, é acolhido para aprender o que a ciência tem a lhe dizer. Tal pensamento e prática presente nas estruturas dos cursos com suas áreas disciplinares, no papel e na posição do professor e do aluno, nos mecanismos de avaliação e na orientação de pesquisas e produções monográficos, visa à aquisição de certa legitimidade e competência para olhar os outros de cima, para falar deles, para lançar sobre eles projetos epistêmico e civilizatórios (Santos e Dias Jr., 2009). Trata-se daquilo que Souza Santos ( 2006) classifica de monocultura do saber.…”