O piquiazeiro apresenta grande importância na Amazônia, pois além de utilizado na culinária, é empregado na indústria cosmética, e empiricamente como produto medicinal, mas pouco se sabe sobre seu potencial para obtenção de substâncias fungitóxicas. Este estudo avaliou a análise química e a atividade antifúngica in vitro de extratos etanólicos e óleos de Caryocar villosum. O perfil químico dos extratos foi obtido por Cromatografia em Camada Delgada (CCD), enquanto o perfil do óleo vegetal foi analisado por Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria de Massas (GC-MS). Diferentes concentrações dos extratos e óleos vegetais foram utilizadas nos testes biológicos. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado em esquema fatorial com replicação. A presença de flavonoides foi confirmada em todos os extratos. Os componentes majoritários do óleo artesanal foram ácido oleico, ácido palmítico e oleato de etila, e o componente majoritário do óleo industrializado foi (Z)-9,17-octadecadienal, (Z)-octadecenal e β-sitosterol. Em geral, o extrato das folhas jovens e o óleo industrializado apresentaram as maiores reduções nas colônias fúngicas, e as concentrações de 40% dos extratos e de 3,75 μL.mL-1 dos óleos ocasionaram os menores crescimentos dos desafiantes.