Olimpíadas científicas: análise dos projetos apoiados por editais do CNPq (2005-2015)

Abstract

Neste estudo, objetivamos realizar um mapeamento das propostas de olimpíadas submetidas aos editais do CNPq por onze anos consecutivos (de 2005 a 2015) e analisar seus projetos a fim de identificar elementos que compõem essa ação de incentivo à divulgação científica no Brasil. Dos 229 projetos submetidos, 96 foram aprovados e financiados para a realização de 21 olimpíadas em diversas áreas do conhecimento, com predominância nas ciências exatas e da terra. Associações e sociedades científicas se destacam nas suas coordenações, majoritariamente concentradas na região Sudeste e representadas por homens. Despertar interesse pela temática da olimpíada é o objetivo mais comum dos projetos, enquanto os termos “divulgação científica” e “popularização da ciência” não são explicitados com frequência como parte desses objetivos.

Inserindo meninas na educação científica e tecnológica por meio da Olimpíada de Aplicativos - ONDA

“…O incentivo e fomentos para a realização de olimpíadas tiveram início a partir de 1990, com o objetivo de valorizar atividades que pudessem ser mais práticas a fim de melhorar a educação no Brasil [2]. Essas competições inicialmente surgiram em outros países [3] e, assim como fora do Brasil, aqui, da mesma forma, as olimpíadas científicas possuem como principais financiadores e apoiadores as organizações e sociedades científicas nacionais [2], principalmente a partir de políticas públicas ligadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) [2]. Ao longo da última década, o CNPq tem anualmente incentivando a prática de olimpíadas científicas pelo país através da seleção de propostas via editais públicos.…”