“…Desse modo, podemos inferir que o fracasso da auto-representação nas pranchas D, VII e VIII, evidenciado pela alta proporção de respostas que comportam uma representação de si de nível inferior, pode estar associado ao desenvolvimento de um narcisismo patológico, calcado em uma relação especular problemática estabelecida com o objeto primário (matriz simbólica das pranchas II e VII). A organização espacial das pranchas, que assume a forma de estímulos simétricos em relação a um eixo mediano, ao apelar para as "referências corporais" que fundam a projeção, encontra uma imagem do corpo mal-estruturada, que não faculta uma diferenciação satisfatória entre o mundo interno e o mundo externo, induzindo a dissolução dos limites, fator responsável pelos estados de interpenetração e confusão comumente observados nos protocolos de psicóticos (Chabert, 1987(Chabert, ,1990Dreyfus, Husain & Rouselle-Gay-Crosier, 1989;Dreyfus, Gay-Crosier & Husain, 1983;Santos, 1991Santos, , 1992Santos & Jacquemin, 1990aSchafer, 1960;Silverman, 1970;Silverman & Candell, 1963;Timsit & Gross, 1989).…”