-(Floral and staminal development in the clone CP76 of Anacardium occidentale L. -dwarf cashew nut (Anacardiaceae)). The early floral development as well as anther ontogeny in the Anacardium occidentale L. was studied. The flowers present five sepals and five petals with helical and unidirectional development, respectively, and androceum with a stamen with striking heterochronic and heteromorphic development in relation to the remaining nine stamens. At the terminal position an unilocular carpel arises. The histogenic processes is identical in both stamens. At the end of ontogeny both anther types possess four sporangia, with epidermis, endothecium, two middle layers and secretory tapetum, as parietal layers and a sporogenic tissue. The inner portion of the tapetum does not arise from the connective.RESUMO -(Desenvolvimento floral e estaminal no clone CP76 de Anacardium occidentale L -cajueiro-anão precoce (Anacardiaceae)). Foram estudados o desenvolvimento floral inicial bem como a ontogênese estaminal em Anacardium occidentale L. As flores apresentam cinco sépalas e cinco pétalas com desenvolvimento helicoidal e unidirecional, respectivamente, androceu com um estame com desenvolvimento heterocrônico e heteromórfico marcante em relação aos nove estames restantes, e um carpelo unilocular terminal. O processo histogênico é idêntico em ambos os tipos de estames. Ao final da ontogênese estaminal, as anteras possuem quatro esporângios, sendo que cada esporângio apresenta epiderme, endotécio, duas camadas médias, tapete e tecido esporogênico. A porção interna do tapete não se origina do conectivo.Key words -Anacardium occidentale, anther development, single origin of tapetum, heteromorphy, heterochrony o melhoramento vegetal e a necessidade crescente da produção vegetal em função do incrível aumento da população humana, principalmente neste último século. Apesar disso, o estudo da histogênese dos diferentes órgãos florais, em geral, tem sido pouco explorado (Greyson 1994). Hill (1996) justifica esse menor interesse nos aspectos iniciais do desenvolvimento da antera, principalmente nos estudos que envolvem ferramentas genéticas e moleculares, devido à pequena quantidade de material para estudo, bem como à tendência de maior expressão gênica nas fases posteriores à histogênese estaminal. Acrescenta-se que a falta de estudos detalhados sobre o desenvolvimento anatômico contribui para o estado atual de pouco conhecimento acerca do desenvolvimento estaminal. Assim, algumas questões ainda permanecem em aberto, como quais processos controlam a morfologia estaminal, incluindo a diversidade celular intrínseca da estrutura e quais sãos os genes envolvidos no processo e como controlam o tamanho e forma da antera (Goldberg et al. 1993). Segundo esses autores não é conhecido em que grau de interação a regulação celular autônoma e a posição celular dependente concorrem para a formação dos órgãos reprodutivos.