O objetivo deste estudo é apresentar o que há de mais recente em termos de evidências científicas de boa qualidade sobre o uso clínico dos antibióticos orais no tratamento da acne vulgar, observando se há comprovação de sua eficácia e segurança nos pacientes. Trata-se de uma revisão narrativa de literatura, onde foram utilizadas as bases de dados eletrônicas Scielo, Pubmed e Lilacs, com evidências publicadas nos últimos dez anos. Sabe-se que o tratamento com base sistêmica deve ser considerado na presença de acne inflamatória e naquelas que apresentam difícil controle. Neste caso, ele pode envolver a antibioticoterapia, onde fármacos desta linha têm como mecanismo de ação uma supressão do P. acnes, diminuição da inflamação e dos ácidos graxos de livre circulação. Contudo, a utilização por um tempo prolongado de antibióticos seja qual for a classe, configura fator de risco para o aparecimento de resistência antimicrobiana, evidenciando o fato de que as prescrições indevidas de antibióticos orais para tratamento da acne devem ser evitadas, e ainda, que na necessidade de adoção dessa terapêutica, é importante considerar a classe mais adequada a necessidade do paciente, evitando o uso indevido. Com isso, tem-se a importância de os profissionais prescritores conhecerem amplamente as classes e mecanismos de ação desses medicamentos, para promoverem um tratamento com base em evidências. Ademais, é imperativo que novos estudos clínicos sejam realizados e com maior rigor metodológico, a fim de verificar a melhor escolha de tratamento da acne em seus diferentes graus, garantindo a eficácia e segurança do paciente.