Open-air Gravettian lithic assemblages from Northeast Portugal: The Foz do Medal site (Sabor valley)

Gaspar, Rita; Ferreira, João J.; Carrondo, Joana; Silva, Maria João; García-Vadillo, Fo Javier

doi:10.1016/j.quaint.2015.12.054

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“…A interpretação passou a integrar a possibilidade de um povoamento em áreas distintas do meio cársico, atestado nas sequências preservadas sob abrigos rochosos e no interior de grutas (ZILHÃO 1997b). Duas décadas mais tarde, os trabalhos de acompanhamento arqueológico de barragens permitiram a identificação de novos sítios nos contextos do Maciço Hespérico (i.e., fragmento mais contínuo e ocidental do Soco Varisco Europeu; RIBEIRO, 2013), no Vale do Rio Sabor (FIGUEIREDO et al 2014;GASPAR et al 2015GASPAR et al , 2016, e no Baixo Vouga (PEREIRO 2015). Todavia, as prospeções arqueológicas realizadas ainda não revelaram nenhum sítio atribuível ao Paleolítico Superior numa larga banda de terrenos do litoral atual português, essencialmente constituída por sedimentos siliciclásticos do Cretácico Superior e do Cenozoico.…”

Section: Velhas Rotas E Novos Caminhos Da Investigaçãounclassified

“…No sítio da Foz do Medal, as matérias-primas líticas atestadas em níveis da ocupação gravettense correspondem essencialmente ao quartzo, nas suas diversas variedades, alcançando mais do 80% da totalidade do material recolhido (GASPAR et al 2016). Esta predominância do quartzo, no entanto, parece diminuir nas ocupações do Solutrense, enquanto os quartzitos e silices se tornam as matérias-primas mais utilizadas.…”

Section: O (Des)povoamento Do Interior Norte…?unclassified

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Paleoambientes e Culturas do Paleolítico Superior no Centro e Norte de Portugal: Balanço e Perspetivas de Investigação

Aubry¹,

Dimuccio²,

Moura³

2017

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Os trabalhos de arqueologia desenvolvidos desde o início da última década do século XX no Centro e Nordeste de Portugal permitem estabelecer um quadro paleoambiental e cronoestratigráfico das várias fases de ocupação durante o Paleolítico Superior, bem como aperceber caraterísticas da adaptação técnica da produção das indústrias de pedra lascada, em função dos recursos líticos disponíveis localmente. Todavia, entre 40,000 e 12,000 cal BP a preservação do registo arqueológico foi fortemente condicionada pelos processos sedimentares decorrentes de bruscas mudanças nas condições climáticas globais. No Maciço de Sicó (Centro de Portugal) foram detetados artefactos e ecofactos essencialmente em cavidades cársicas e abrigos sob rocha (localmente denominados “buracas”). As sequências arqueoestratigráficas são descontínuas e terão sofrido diversas fases erosivas, que se revelam por lacunas sedimentares e superfícies de estabilização, com distintos graus de preservação. Os sítios arqueológicos da margem Norte do Rio Mondego (Centro de Portugal) estão associados a afloramentos de sílex e a sua preservação em sedimentos alúviocoluviais do Plistocénico, com uma componente eólica em depressões cársicas fechadas no Planalto de Outil/Cantanhede. No Vale do Côa (Nordeste de Portugal), os sítios ao ar livre localizam-se em antigas superfícies de erosão relacionadas com o encaixe da rede hidrográfica durante o Plistocénico Superior, assim como em depressões topográficas abertas nas superfícies aplanadas dos granitóides no limite da “Meseta”. O estudo do aprovisionamento em sílex e silcretos revela contactos de longa distância entre a Estremadura e a Meseta Norte, pelo que o mapa dos sítios do Paleolítico Superior atualmente disponível, no contexto mais geral da Península Ibérica, não constituirá uma imagem completa da densidade de ocupação humana deste território durante aquele período. Para obter uma representação mais rigorosa dessa ocupação necessitaremos inevitavelmente da aplicação sistemática de métodos de prospeção baseados em modelos de cariz geológico-geomorfológico, tal como já parcialmente estabelecido para o Valedo Côa e o Maciço de SicóOs trabalhos de arqueologia desenvolvidos desde o início da última década do século XX no Centro e Nordeste de Portugal permitem estabelecer um quadro paleoambiental e cronoestratigráfico das várias fases de ocupação durante o Paleolítico Superior, bem como aperceber caraterísticas da adaptação técnica da produção das indústrias de pedra lascada, em função dos recursos líticos disponíveis localmente. Todavia, entre 40,000 e 12,000 cal BP a preservação do registo arqueológico foi fortemente condicionada pelos processos sedimentares decorrentes de bruscas mudanças nas condições climáticas globais. No Maciço de Sicó (Centro de Portugal) foram detetados artefactos e ecofactos essencialmente em cavidades cársicas e abrigos sob rocha (localmente denominados “buracas”). As sequências arqueoestratigráficas são descontínuas e terão sofrido diversas fases erosivas, que se revelam por lacunas sedimentares e superfícies de estabilização, com distintos graus de preservação. Os sítios arqueológicos da margem Norte do Rio Mondego (Centro de Portugal) estão associados a afloramentos de sílex e a sua preservação em sedimentos alúviocoluviais do Plistocénico, com uma componente eólica em depressões cársicas fechadas no Planalto de Outil/Cantanhede. No Vale do Côa (Nordeste de Portugal), os sítios ao ar livre localizam-se em antigas superfícies de erosãorelacionadas com o encaixe da rede hidrográfica durante o Plistocénico Superior, assim como em depressões topográficas abertas nas superfícies aplanadas dos granitóides no limite da “Meseta”. O estudo do aprovisionamento em sílex e silcretos revela contactos de longa distância entre a Estremadura e a Meseta Norte, pelo que o mapa dos sítios do Paleolítico Superior atualmente disponível, no contexto mais geral da Península Ibérica, não constituirá uma imagem completa da densidade de ocupação humana deste território durante aquele período. Para obter uma representação mais rigorosa dessa ocupação necessitaremos inevitavelmente da aplicação sistemática de métodos de prospeção baseados em modelos de cariz geológico-geomorfológico, tal como já parcialmente estabelecido para o Vale do Côa e o Maciço de Sicó. Upper Palaeolithic cultures and palaeoenvironments in Central and Northern of Portugal: assessment and research prospects - The archaeological research developed during the last decade of the 20th-century in Central and Northeast Portugal established a palaeoenvironmental and chronostratigraphic framework for the Upper Palaeolithic occupation of these regions, and brought to light the operative schemes used for the production of stone tools from the locally available raw material resources. Between 40,000 and 12,000 cal BP, the preservation of the archaeological record was strongly conditioned by sedimentary processes related to rapid changes in global climate. In the Sicó Massif (Central Portugal), artefacts and ecofacts are mainly found in karst caves and rock-shelters (locally called “buracas”) whose archaeostratigraphic sequences are discontinuous, affected by erosive events (hiatuses and stabilization), and variablypreserved. The archaeological sites along the North bank of the Mondego River (Central Portugal) are associated with flint outcrops and their preservation in Pleistocene alluvium-colluvium sediments, with an aeolian component found in closed karst depressions of the Outil/Cantanhede Plateau. In the Côa Valley (Northeast of Portugal), the open-air sites are located on ancient rock-terrace surfaces related to Upper Pleistocene fluvial downcutting, as well as in topographicdepressions of the planation surfaces of the “Meseta” granitoids. The procurement of flint and silcrete reveals a large social network, extending from the Estremadura to the Northern Meseta, which indicates that, in the wider context of the Iberian Peninsula, the current distribution of Upper Palaeolithic sites is not a genuine reflection of the density of this period’s human occupation. Only the implementation of a systematic surveying approach for site detection based on geological-geomorphological models, such as those used in the Côa Valley and the Sicó Massif, will allow a more accurate reconstitution of that occupation.

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Section: Velhas Rotas E Novos Caminhos Da Investigaçãounclassified

Section: O (Des)povoamento Do Interior Norte…?unclassified

Paleoambientes e Culturas do Paleolítico Superior no Centro e Norte de Portugal: Balanço e Perspetivas de Investigação

Aubry¹,

Dimuccio²,

Moura³

2017

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“…This pattern is seen particularly in the sites of the Co ˆa Valley, but also in southern and central Portugal [18]. For example, the importance of simple and expedient debitage production has been highlighted in both the Gravettian and Solutrean layers from Vale Boi [19,20] and broadly identified from other Portuguese sites in the region of the Douro River [21][22][23][24]. As these lowcost behaviors increase and become predominant, or even exclusive, the chrono-cultural adscription of the lithic assemblages is more difficult and even their Upper Paleolithic character becomes blurred.…”

Section: Introductionmentioning

confidence: 99%

Refits, cobbles, and fire: Approaching the temporal nature of an expedient Gravettian lithic assemblage from Lagar Velho (Leiria, Portugal)

Alonso-Fernández,

Vaquero,

Daura

et al. 2023

PLoS ONE

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Upper Paleolithic lithic assemblages have traditionally been considered a paramount example of the high level of complexity characterizing the technological behavior of prehistoric modern humans. The diversity and standardization of tools, as well as the systematic production of blades and bladelets, show the high investment of time, energy and knowledge often associated with Upper Paleolithic technocomplexes. However, more expedient behaviors have also been documented. In some cases, such low-cost behaviors can be dominant or almost exclusive, giving assemblages of Upper Paleolithic age an “archaic” appearance. In this paper, we address these expedient Upper Paleolithic technologies through the study of a lithic assemblage recovered from a Gravettian-age layer from the Lagar Velho rockshelter (Leiria, Portugal). Due to the specific formation processes characterizing this site, we also discuss the distinction between artifacts and geofacts, an aspect that is particularly difficult in expedient assemblages. Moreover, the combination of lithic refitting and data on thermal damage allows us to approach the temporal nature of the lithic assemblage and the timing of the different agents contributing to its formation.

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“…1 and 2 ), have been traditionally considered irrelevant in this process, as they have been regarded as a virtually “no-man's land” until the Late Upper Paleolithic 20 . At present, there is some sparse data between 33 and 28 ka cal BP in the western and northern borders of the Northern Meseta 14 , 21 – 24 (Fig. 1 C).…”

Section: Introductionmentioning

confidence: 99%

First modern human settlement recorded in the Iberian hinterland occurred during Heinrich Stadial 2 within harsh environmental conditions

Alcaraz‐Castaño

Alcolea-González

Andrés-Herrero

et al. 2021

Sci Rep

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As the south-westernmost region of Europe, the Iberian Peninsula stands as a key area for understanding the process of modern human dispersal into Eurasia. However, the precise timing, ecological setting and cultural context of this process remains controversial concerning its spatiotemporal distribution within the different regions of the peninsula. While traditional models assumed that the whole Iberian hinterland was avoided by modern humans due to ecological factors until the retreat of the Last Glacial Maximum, recent research has demonstrated that hunter-gatherers entered the Iberian interior at least during Solutrean times. We provide a multi-proxy geoarchaeological, chronometric and paleoecological study on human–environment interactions based on the key site of Peña Capón (Guadalajara, Spain). Results show (1) that this site hosts the oldest modern human presence recorded to date in central Iberia, associated to pre-Solutrean cultural traditions around 26,000 years ago, and (2) that this presence occurred during Heinrich Stadial 2 within harsh environmental conditions. These findings demonstrate that this area of the Iberian hinterland was recurrently occupied regardless of climate and environmental variability, thus challenging the widely accepted hypothesis that ecological risk hampered the human settlement of the Iberian interior highlands since the first arrival of modern humans to Southwest Europe.

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Open-air Gravettian lithic assemblages from Northeast Portugal: The Foz do Medal site (Sabor valley)

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Paleoambientes e Culturas do Paleolítico Superior no Centro e Norte de Portugal: Balanço e Perspetivas de Investigação

Paleoambientes e Culturas do Paleolítico Superior no Centro e Norte de Portugal: Balanço e Perspetivas de Investigação

Refits, cobbles, and fire: Approaching the temporal nature of an expedient Gravettian lithic assemblage from Lagar Velho (Leiria, Portugal)

First modern human settlement recorded in the Iberian hinterland occurred during Heinrich Stadial 2 within harsh environmental conditions

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