OBJETIVO: Verificar a evolução na função de alimentação e estabilidade clínica de crianças com paralisia cerebral tetraparética espástica após intervenção terapêutica. MÉTODOS: Foram levantados em prontuário médico, antes e após a terapia, os dados de classificação da funcionalidade da alimentação (escala FOIS) e grau de disfagia, consistências alimentares e sinais sugestivos de penetração e/ou aspiração laringotraqueal de 36 crianças com paralisia cerebral espástica. RESULTADOS: A maioria dos sujeitos alimentava-se com preparo especial, antes e após a intervenção, ocorrendo restrição de sólidos e líquidos no segundo momento. Houve diminuição da severidade da disfagia, redução de broncopneumonias e hipersecretividade pulmonar, aumento do peso e diminuição dos sinais sugestivos de penetração e/ou aspiração laringotraqueal, exceto recusa alimentar e cianose. CONCLUSÃO: A intervenção fonoaudiológica, em conjunto com a equipe multidisciplinar em disfagia, promove maior funcionalidade da deglutição e diminuição dos sinais sugestivos de penetração e/ou aspiração traqueal, além de maior estabilidade clínica.