Nativa do Cerrado, Vellozia abietina possui enorme potencial ornamental. A cultura de tecidos vegetais pode colaborar para a preservação da flora local e manutenção da biodiversidade. Assim, visando auxiliar no entendimento da morfologia e conservação de V. abietina, além de contribuir para a exploração do seu uso paisagístico, esse trabalho tem como objetivo realizar a descrição morfológica das sementes e frutos da espécie e promover sua germinação in vitro, determinando um protocolo de assepsia eficiente. A partir de sementes coletadas de plantas localizadas no campo rupestre da Serra do Espinhaço, em Diamantina, Minas Gerais, foi realizada a caracterização e a germinação in vitro da espécie em meio de cultivo, suplementado com 1,5% de sacarose e 2 g L-1 de Phytagel®, sendo avaliadas a porcentagem de contaminação e germinação. Foram testados dois protocolos de assepsia: no primeiro protocolo foram utilizados álcool 70%, hipoclorito de sódio e água destilada estéril, e já no segundo protocolo houve o acréscimo de fungicida. O trabalho foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, em esquema unifatorial, com vinte repetições. Observou-se que a espécie apresenta sementes com uma média de 0,54 ± 0,08 mm de comprimento e 0,44 ± 0,07 mm de largura, são achatadas, possuem formato arredondado a oblongo e a coloração varia de marrom a marrom avermelhado. Quanto à assepsia, o segundo protocolo testado, com 20% de contaminação, apresentou a maior eficiência. A germinação teve início 8 dias após a inoculação das sementes, sendo obtida uma porcentagem de 35,48% de germinação.